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Jair Bolsonaro teimou em fazer demagogia na Vila Belmiro, neste sábado (16), no jogo entre Santos e São Paulo e levou uma sonora vaia ao ousar vestir a lendária camisa 10, que foi de Pelé. A torcida já tinha avisado que não toleraria o desrespeito com os símbolos do time.
Uma parte dos presentes tentou aplaudir a jogada de marketing do palmeirense disfarçado mas não conseguiram emplacar. A maioria do torcedores protestou e as vaias foram estrondosas. Já na sexta-feira a Torcida Jovem do Santos alertou, através de carta, que não toleraria a presença de Bolsonaro no estádio.
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Antes mesmo do jogo começar, na entrada da Vila, Bolsonaro foi chamado de “porco” e também ouviu que estava “no estádio errado”.
Um forte esquema de segurança cercava a comitiva e diversas ruas no entorno do estádio foram fechadas para a passagem do comboio com Bolsonaro e seus apoiadores.Santos
Além das torcidas repudiarem Bolsonaro, o técnico Jorge Sampaoli também se sentiu contrariado com a presença da comitiva no estádio.
Ao ser questionado sobre a visita de Bolsonaro à Vila, Sampaoli, que é argentino, afirmou que tem “pensamentos políticos diferentes” do presidente, mas que ele vai onde ele quer. Sou apenas o treinador. Não posso proibir nada. Temos pensamentos políticos diferentes”.
Bolsonaro já vinha tentando comparecer a algumas partidas, até que começou a levar vaias cada vez maiores nos estádios e teve que parar de comparecer a jogos.
Ele chegou a presentear o presidente da China com a camisa do Flamengo, mas o clube desautorizou o ato e informou através de nota que a camisa ofertada não era oficial.
Neste mesmo sábado a torcida do Grêmio também divulgou carta dirigida ao técnico Renato Gaúcho aconselhando-o a não convidar Bolsonaro para assistir a partida entre Grêmio e Palmeiras marcada para o próximo dia 21 de novembro.
“Teu candidato é racista e neofascista”, alertaram os torcedores ao técnico do time. Eles lembraram a Renato que a estrela da bandeira é uma homenagem a Everaldo, que era negro, e destacaram também que o hino do clube foi composto por Lupicínio Rodrigues, que também era negro.