Os peritos federais reagiram com indignação e preocupação à demissão do diretor da Polícia Federal, Maurício Valeixo, e à saída de Sérgio Moro do ministério da Justiça, motivada pela demissão de Valeixo pelo presidente Jair Bolsonaro.
Sobre a exoneração de Valeixo, o presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Marcos Camargo, afirmou que “é preocupante que ocorra uma mudança na direção geral sem que sejam apresentados motivos claros para isso”.
Segundo Camargo, “isso cria um cenário de instabilidade que prejudica as atividades do órgão”.
“Respeitar a PF como instituição é fundamental para assegurar a efetividade do combate ao crime, doa a quem doer”, diz a nota da entidade publicada ontem, diante da especulação da exoneração de Valexco.
A associação também publicou nota sobre a saída do ministro Sérgio Moro, afirmando que “após diversas gestões que se abstiveram de elaborar uma política de segurança com base na ciência, a gestão de Moro representou um avanço no uso de métodos científicos modernos contra a criminalidade”. “Estaremos alertas para que o fortalecimento da prova científica e da Polícia Federal seja mantido como prioridade. Apenas com a ciência acima de tudo a PF pode oferecer à sociedade um serviço de excelência”, diz o texto