Ex-presidente recebeu representantes de entidades de idosos e aposentados nesta quinta-feira (22), prometendo acabar com as filas na Previdência e recriar o ministério da área
O ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou pelas redes sociais que com o atual governo voltou a ser um “sacrifício” o idoso receber sua aposentadoria e prometeu acabar com as filas da Previdência Social.
“Vocês todos têm consciência do que aconteceu no nosso país depois que assumimos o governo, tomamos a decisão de acabar com as filas da previdência social. Lembram do sacrifício que era pra receber a aposentadoria? Tinha acabado, e agora voltou a ser”, escreveu.
Lula teve um encontro com representantes de movimentos e associações de idosos e aposentados, nesta quinta-feira (22), em São Paulo (SP). Ele recebeu das entidades uma pauta com propostas para a melhoria da qualidade de vida de idosos e aposentados.
O ex-presidente defendeu o fortalecimento do SUS para oferecer atendimentos aos idosos e lembrou do legado de seus governos. O candidato falou sobre a atuação para reduzir as filas do INSS e dar agilidade na concessão de benefícios como aposentadoria e licença maternidade quando foi presidente da República.
O ex-presidente reafirmou que a área pode ser melhor e anunciou a recriação do Ministério da Previdência Social.
Lula disse ser responsabilidade de um governo sério fazer com que o país respeite seus filhos.
“É da nossa responsabilidade fazer com que esse país respeite os seus filhos. Não é apenas no hino nacional, não, é no comportamento do governante. E vai mudar, pode ficar certo que muita coisa vai mudar nesse país e eu só estou voltando a ser candidato por isso. Se eu não acreditasse que é possível mudar, eu não estaria. Eu ficaria em casa, mas eu acho que nesse momento o Brasil está precisando muito de um solavanco, e o solavanco somos nós que vamos dar, somos nós que vamos conseguir fazer”, afirmou.
“A Previdência pode ser muito melhor se ela for humanizada e se ela aproveitar o que nós temos de mundo digital para poder modernizar a nossa atuação da Previdência”, disse.
Na área da saúde, o ex-presidente defendeu que o Estado ofereça gratuitamente especialidades a idosos que precisam de cuidados ou sofrem, por exemplo, de dores nas pernas ou nas costas.
“E isso tem que ser gratuito para o companheiro que está aposentado. Da mesma forma que você criou médico de saúde, que as pessoas visitam as casas, o fisioterapeuta ir gratuitamente, ou pela prefeitura ou pelo SUS, na casa das pessoas, fazer treinamento e exercitar as pessoas. Porque se a gente ficar parado a gente fica atrofiado. A gente fica inútil. Da mesma forma, nós vamos ter, que é uma profissão que está surgindo com força, que é a de cuidadores. Nós vamos ter que formar muita gente, e nós temos que transformar isso em um serviço público”, afirmou.
Os representantes das entidades reconheceram as conquistas obtidas pelos idosos durante o governo Lula, a exemplo do Estatuto do Idoso.
A presidente da Associação de Aposentados e Pensionistas da Saúde e Similares (Abrapopess), Maria da Guarda Rocha, entregou a Lula um documento com propostas para garantir o envelhecimento saudável. “O idoso precisa ter educação, saúde e segurança. Você veio lá do Nordeste para fazer a felicidade do povo aqui. Continue com essa sabedoria”, disse.
O presidente do Centro Internacional da Longevidade e ex-diretor do Departamento de Envelhecimento e Saúde da OMS (Organização Mundial de Saúde), Alexandre Kalache disse que a eleição de Lula é a única saída para que os idosos brasileiros voltem a ter perspectiva de envelhecer com direitos e dignidade. “Precisamos trazer o envelhecimento para o centro das políticas públicas”, afirmou.
O pesquisador da felicidade como norteadora de políticas públicas, Mauro Montoryn, defendeu longevidade cidadã. Disse que Brasil comete erros ao desperdiçar a experiência das pessoas idosas. “Queremos capacitação, saúde, Previdência justa e que políticas públicas não fiquem só no governo”.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é candidato da Federação Brasil da Esperança (FE Brasil – PT, PCdoB e PV) e tem o apoio do PSB, PSol, Rede, Solidariedade, Avante e Agir (antigo PTC) e Pros.