Na última sexta-feira (10), os quatro homens condenados no julgamento do incêndio da Boate Kiss se entregaram à Justiça e já foram encaminhados para o sistema penitenciário após o ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitar o recurso do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) de suspensão do habeas corpus preventivo dos réus.
Os quatro acusados foram sentenciados após decisão do Tribunal do Júri na última semana, em Porto Alegre. Segundo a lei, as condenações valeriam a partir de seu anúncio.
No entanto, um habeas corpus preventivo, concedido pelo desembargador Manuel José Martinez Lucas do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), a um dos réus impedia o cumprimento imediato das penas.
Os sócios da boate Kiss, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, o vocalista da Banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, e o produtor musical Luciano Bonilha Leão foram condenados no julgamento da tragédia que aconteceu em 27 de janeiro de 2013, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul.
Luciano e Marcelo foram encaminhados para o presídio estadual de São Vicente do Sul, a cerca de 90km de Santa Maria. Elissandro, também conhecido como Kiko, está no Complexo Penitenciário de Canoas (RS), enquanto Mauro Hoffmann foi levado para a unidade prisional de Tijucas, em Santa Catarina.
Marcelo e Elissandro já haviam se apresentado à Justiça logo após a decisão de Fux.
A tragédia, que matou 242 pessoas e deixou 636 feridas, começou no palco, onde se apresentava a banda Gurizada Fandangueira, após um show pirotécnico. As chamas logo se alastraram, provocando muita fumaça tóxica. Um dos integrantes disparou um artefato pirotécnico, atingindo parte do teto do prédio, que pegou fogo.