Nesta quinta-feira (25), os jornalistas de São Paulo conseguiram um acordo de reajuste salarial de 8,9% recompondo a inflação do período. A aprovação do acordo foi feita em assembleia virtual da categoria com a participação de mais de 300 profissionais que aprovou também o fim da paralisação.
“Esse dia 25 deverá ser lembrado pelos jornalistas e pelas jornalistas não somente por termos alcançado o mínimo, o reajuste justo que é a reposição da inflação, mas é a lembrança viva de que jornalista é trabalhador e que os jornalistas têm que lutar pelos seus direitos”, disse o presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP), Thiago Tanji.
O acordo repõe a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) no período entre junho de 2020 a maio de 2021 e é fruto de seis meses de negociações, com direito a mobilizações em redações. O acordo prevê reposição de 8,9% para salários de até R$ 10 mil e reajuste fixo de R$ 890 para remunerações superiores. Os jornalistas também conquistaram a volta da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), retirada na Convenção Coletiva 2020-2021.
O diretor do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP), Cláudio Soares, explicou que “a reposição virá em duas partes: 5% retroativos a junho e 3,72% em dezembro. Para salários acima de R$ 10 mil, haverá um valor fixo de R$ 890, sendo R$ 500 em junho e o restante em dezembro. As diferenças entre junho e dezembro serão pagas em até três vezes. Foi mantida a multa para empresas que não têm programa de PLR, com o valor reajustado em 8,9%”.
A assembleia aprovou, ainda, uma moção de apoio aos trabalhadores da EBC, que iniciam greve nesta sexta-feira (26).