O Governo Federal proibiu a exportação de seringas e agulhas, que agora passam para a lista de produtos que precisam de licença especial para serem exportados.
A medida se dá diante do fracasso do pregão para a compra de seringas e agulhas, realizado no último dia 29, no qual o Ministério da Saúde só conseguiu 7,9 milhões de seringas, dos 331 milhões que o pregão previa. Apenas 2,4% do total que o ministério pretendia adquirir.
No pedido ao Ministério da Economia para a mudança em relação à exportação desses produtos, a pasta da Saúde afirma que a medida é necessária “para que o Governo Federal possa dotar o Plano Nacional de Imunizações/ PNI dos insumos necessários na realização de todas as etapas das vacinações programadas, sem prejuízo do Plano de Vacinação contra COVID”.
Na verdade, essa é mais uma medida que vem com atraso, e demonstra a total falta de planejamento do governo em relação à vacinação dos brasileiros. Enquanto em mais de 42 países, cerca de 4 milhões de pessoas já foram vacinadas, o governo Bolsonaro ainda corre atrás de seringas e agulhas.
Ainda em julho, a Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo) alertou o Ministério sobre o planejamento da compra de insumos para a vacinação.
De acordo com as empresas que participaram do pregão, o edital do governo para as encomendas, além de conter erros como colocar seringas e agulhas como um só produto, ainda apresentou preços abaixo dos praticados no mercado.