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Um professor de história da rede estadual de ensino de Santa Catarina foi filmado por alunos defendendo o nazismo durante uma aula. Rubenval Duarte já era investigado por condutas semelhantes, segundo a Polícia Civil. O caso aconteceu em Imbituba, no litoral do estado.
Em novembro do ano passado, Rubenval já havia mandado em um grupo de WhatsApp mensagens com apologia ao regime alemão responsável pelo genocídio de milhões de judeus e outros grupos considerados não arianos durante a Segunda Guerra Mundial. Ele não foi preso e nem exonerado, apenas suspenso por dois meses e, após esse período retornou à sala de aula. Na ocasião, o homem se disse “super fã de Hitler” e que “sempre quis ser nazista”, e ainda que “Hitler foi melhor que Jesus”.
Após reassumir o cargo em fevereiro deste ano, na terça-feira (14), o docente foi questionado se apoiava as atitudes de Adolf Hitler, ao que respondeu “sim, claro” e afirmou ter uma admiração pelo nazista.
Indignados com a postura do professor, alunos gravaram o momento em que Rubenval fez seu discurso e o expuseram nas redes sociais. “O Hitler botava umas roupas aqui para encher o peito, e ele tinha pernas curtas, era baixinho”, diz o professor, ao que um aluno contesta: “E o professor apoia o que ele fez?”, ao que ele responde “sim, claro” e “eu tenho uma admiração por Hitler.
O professor, que já foi ouvido pela Polícia Civil, é investigado por apologia ao nazismo, crime que prevê pena de dois a cinco anos de reclusão, além de multa. Segundo o delegado responsável pelas investigações, Juliano Baesso, o adorador de Hitler ainda pode responder por outro crime. “Também é investigado por um possível crime de discriminação em razão da origem, por alguns comentários efetuados após as eleições’, informou.
Segundo a polícia, o nazista disse ser favorável a mandar eleitores do PT para uma “câmara de gás”. O inquérito deve ser concluído em breve. De acordo com o portal G1, a Polícia Civil de Santa Catarina vai anexar o caso ao inquérito já existente e que investiga o professor por apologia ao nazismo.
Pelo Twitter, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) classificou o comportamento do professor como “absurdo”. “Até quando cenas como essa serão tratadas como normais? Esse é o resultado de anos de normalização do discurso de ódio. Basta! Apologia ao nazismo é crime”, ressaltou a entidade estudantil.
No Brasil, a Lei 7.716/89 prevê pena de 1 a 3 anos de reclusão e multa a quem “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.
“Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo” também é crime, com pena prevista de 2 a 5 anos de reclusão e multa”, cita a lei.
Apesar do histórico do profissional – com suspensão e reincidência – a Secretaria de Estado da Educação (SED) informou que não tinha conhecimento da situação. Por meio da Coordenadoria Regional de Laguna, o órgão afirmou que, “assim que tomou conhecimento da conduta do professor na manhã desta terça-feira, 14, começou a tomar todas as medidas cabíveis, visto que existe um processo em andamento” e que vai “tomar todas as providências dentro da legalidade”.
ser favorável a mandar eleitores do PT para uma “câmara de gás”
Exagerou na receita.