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Wagner Moura, Marieta Severo e diversos artistas se uniram em um vídeo da campanha Ação da Cidadania – SOS Yanomami, que busca levantar recursos para ajudar com a crise humanitária do povo yanomami, em Roraima.
Centenas de indígenas, entre crianças, adultos e idosos, sofrem com desnutrição grave e doenças, como malária, devido à invasão de garimpeiros no território e ao completo descaso do governo Bolsonaro.
Em um vídeo publicado nas redes sociais da ONG Ação Cidadania neste domingo (29/1), artistas como Wagner Moura, Letícia Colin, Bruno Gagliasso, Marieta Severo, Carlinhos de Jesus, Antonio Calloni, Mart’nalia e Fernanda Abreu alertam sobre o problema e pedem ajuda como cestas básicas, produtos de higiene e outros recursos.
Segundo a ONG Ação Cidadania, a campanha é organizada junto ao Ministério do Desenvolvimento Social, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), militares e entidades locais. Na semana passada, a ONG assegurou o envio de 17 toneladas de alimentos aos yanomamis.
“O futuro do país depende da sua solidariedade. Nossos povos indígenas gritam por socorro. Mais do que ouvi-los, precisamos ajudá-los”, destaca a postagem.
O Ministério da Saúde declarou emergência de saúde pública no território Yanomami do Brasil. A área sofre com desassistência e enfrenta casos de desnutrição severa e de malária.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criou um comitê para enfrentar a situação sanitária em território Yanomami e visitou a região no último dia 21. Ele anunciou medidas emergenciais para enfrentar a crise sanitária da etnia. Médicos e enfermeiros da força nacional do SUS começaram a reforçar o atendimento aos indígenas a partir do dia 23.
Na ocasião, o presidente afirmou que o grupo é tratado de forma “desumana” em Roraima. “Tive acesso a umas fotos nesta semana. Efetivamente me abalaram porque a gente não pode entender como o país que tem as condições do Brasil deixar indígenas abandonados como estão aqui”, declarou.
Lula ainda criticou Bolsonaro e afirmou que “se ao invés de fazer tanta motociata, ele [Bolsonaro] tivesse vergonha na cara e viesse aqui uma vez, quem sabe povo não estivesse tão abandonado”.
No dia 23, deputados do PT acionaram o Ministério Público Federal (MPF) pedindo a instauração de uma investigação criminal para apurar a atuação das autoridades do governo Bolsonaro no território Yanomami.
Além de Bolsonaro, a senadora diplomada Damares Alves, ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Franklimberg Ribeiro de Freitas e Marcelo Augusto Xavier da Silva, ex-presidentes da Funai, também são alvos da petição.
Flávio Dino (PSB-MA), ministro da Justiça e Segurança Pública, determinou que a PF (Polícia Federal) investigue a suposta prática de crimes de genocídio, omissão de socorro e de crime ambiental contra o povo indígena Yanomami em Roraima.
O Supremo Tribunal Federal (STF) comunicou, na sexta-feira passada (27), que o governo Bolsonaro descumpriu diversas decisões em favor dos Yanomamis nos últimos 3 anos.
O STF também falou em indícios de prestação de informações falsas à Justiça, que devem ser apuradas