O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), testou positivo para covid-19 nesta segunda-feira (30) e foi internado na UTI do hospital Adventista de Manaus. “Lúcido e orientado, recebendo medicações via oral conforme protocolo institucional”, confirma a prefeitura.
Artur Virgílio vinha coordenando a luta contra a Covid-19 em Manaus e denunciando a falta de um comando nacional para o combate à pandemia.
Na semana passada, um estudo da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), mostrou que a cidade pode ter uma segunda onda de contaminações por Covid-19 ainda mais intensa do que a vivida em abril. O pico dessa segunda fase da doença, apontaram os cientistas, seria entre julho e agosto. Apesar de ser contra as medidas de reabertura do comércio impostas pelo governador Wilson Lima (PSC), o prefeito não editou um decreto municipal contrariando o plano estadual.
Para o prefeito, foram feitos poucos testes em Manaus para que se pudesse ter um quadro real da situação, culminando com o que classificou de “reabertura precipitada”. De acordo com estimativa da equipe da Ufam, a cidade pode chegar a 200 mil casos simultâneos da doença, caso o comércio permaneça aberto.
Virgílio também disse que “da parte da prefeitura de Manaus, diversas medidas foram adotadas para o isolamento social da população e a proteção de quem não pode ficar em casa, […] incluindo a obrigatoriedade do uso de máscaras em estabelecimentos comerciais e no transporte público e privado. A suspensão de licenças para eventos públicos de qualquer natureza, o fechamento de parques urbanos e unidades de conservação municipais, além de equipamentos de uso coletivo, como academias ao ar livre e parquinhos infantis, além do decreto de regime de teletrabalho para servidores municipais”.
Na sexta-feria (26) Artur Virgilio participou do ato pela democracia, organizado pelo movimento “Direitos Já”, e defendeu a unidade de todos os democratas para derrotar as ameaças fascistas e para conseguir a superação deste momento triste vivido pelo país.
“Trabalhar os temas que me unem aos interlocutores. Se eu começar a dizer tudo o que eu sou e quero e eles fizerem o mesmo, haverá um choque. Para mim, tem duas coisas que devem ser o toque de união dos democratas brasileiros: o respeito à Constituição e a defesa da democracia”, assinalou o tucano.
“É claro que nós temos várias razões, como a Amazônia, com a grilagem de terras indígenas. O que me une a todos vocês, não importando a que partido vocês pertencem, ou se não pertencem a nenhum, o que me interessa é que nós fechemos questão em uma frente amplíssima em torno da defesa da democracia e do respeito da Constituição brasileira”, defendeu Artur Virgílio Neto.