Daniel Almeida de Macedo, presidente da Intelis (União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin), que representa os funcionários da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), deixou o cargo na quarta-feira (20).
A saída de Daniel Almeida acontece depois que a Intelis divulgou nota defendendo o sistema eleitoral brasileiro e as urnas eletrônicas, rebatendo a fala golpista de Jair Bolsonaro para os diplomatas estrangeiros na segunda-feira (18).
Segundo a Intelis, a saída de Macedo do cargo foi por “motivos pessoais”.
Na nota, a entidade afirmou que “não há qualquer registro de fraude nas urnas eletrônicas desde a implantação do atual sistema”, em 1996. Ver Agentes da Abin: “não há qualquer registro de fraude nas urnas eletrônicas”
Ainda por meio da nota, a Intelis esclarece que “os profissionais de Inteligência de Estado” têm “prestado apoio técnico especializado à Justiça Eleitoral”.
Esses profissionais, segundo a nota pública, têm atuando no “fornecimento e implementação de sistemas e dispositivos criptográficos, que contribuem para a autenticidade, confidencialidade e inviolabilidade dos programas e dados das urnas utilizadas no país”.
A “criptografia de Estado”, segundo a Intelis, e os “sistemas de assinatura digital desenvolvidos e aperfeiçoados por nossos servidores” agem no sentido de proteger dos ataques o sistema eleitoral brasileiro.
“Fazem parte do ecossistema complexo de barreiras que tem resistido com sucesso às diversas tentativas de ataques executadas durante testes públicos de segurança da plataforma, como reconhece publicamente o Tribunal Superior Eleitoral”, afirmou a entidade por meio da nota.
De acordo com o site Poder360, a nota foi publicada “por voto vencido”, e que Daniel Almeida não estava de acordo com a emissão e o conteúdo da mesma. Segundo o site, a abordagem “considerando o momento” e o “juízo de conveniência” foram decisivos para Macedo deixar a liderança da associação.