As empresas Latam, Gol, Azul e VoePass tinham aviões prontos, em Guarulhos (SP), mas tiveram que esperar por “solenidade” marqueteira do Ministério da Saúde.
As empresas Latam, Gol, Azul e VoePass tinham aviões prontos, em Guarulhos (SP), para transportar no domingo (17) as vacinas para todo o país, mas tiveram que esperar por “solenidade” e burocracia do Ministério da Saúde.
Segundo matéria do jornal O Globo, as empresas foram surpreendidas com a declaração dada pelo Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciando que o embarque se daria apenas na segunda-feira, às 7 h — com início da vacinação previsto para quarta-feira.
Ao invés de acelerar a vacinação nos locais em que a vacina chega mais rápido, o ministro de Jair Bolsonaro, Eduardo Pazuello, preferiu enrolar e fazer marketing.
As vacinas só foram transportadas para os estados na manhã da segunda-feira (18) e só serão aplicadas na quarta-feira (20), mesmo tendo sido aprovadas no domingo (17) à tarde.
Em seu “plano” inicial, Pazuello pretendia atrasar a própria entrega para a quarta-feira, mas teve que recuar por conta da pressão dos governadores e da população, que quer ser vacinada logo.
O ministro determinou que os municípios que já estão recebendo as vacinas terão que esperar até quarta-feira para que a vacinação seja iniciada em todos os estados ao mesmo tempo.
Mesmo assim, Pazuello acusou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de ter iniciado a imunização no Estado para fazer “marketing”, ignorando que foi o governo de São Paulo, através do Instituto Butantan, que garantiu que o país tenha a vacina.
Tão logo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial da CoronaVac, a enfermeira Mônica Calazans foi a primeira vacinada, no domingo (17).
Na manhã da segunda-feira, Bolsonaro conversou desanimado com seus apoiadores e falou que “apesar da vacina… Apesar não, né? A Anvisa aprovou, não tem o que discutir mais”.
Depois de ter chamado a CoronaVac diversas vezes de “vacina do Doria” e afirmado, falaciosamente, de que poderia trazer riscos a quem a aplicasse, Bolsonaro disse que “a vacina é do Brasil. Não é de nenhum governador, não. É do Brasil”.