Grupo era comandado pelo deputado estadual Rodrigo Amorim (PTB), o mesmo que, em 2018, quebrou a placa em homenagem a Marielle Franco
Um bando armado, comandado pelo deputado Rodrigo Amorim (PTB), o mesmo que quebrou a placa em homenagem à vereadora Marielle Franco em 2018, tentou impedir na manhã deste sábado (16), com violência, a caminhada da campanha de Marcelo Freixo (PSB) e seus aliados na Praça Saens Pena, na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro.
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB), que estava presenta na caminhada, denunciou a agressão. “O Deputado Rodrigo Amorim e um bando de homens armados partiram para cima com agressões morais e físicas, quebraram bandeiras para nos intimidar. Estamos tomando todas as providências”, destacou a deputada. Ela frisou que “ninguém vai intimidar a nossa campanha!”
O provocador bolsonarista justificou a truculência de seu grupo contra os apoiadores de Freixo afirmando que o pré-candidato do PSB ao governo do estado estava “em campanha antecipada”. O pretexto de que Freixo estaria fazendo campanha antecipada não tem o menor cabimento. Até porque, outros pré-candidatos têm participado de motociatas quase diárias sem que ninguém tenha tido esse tipo de reação.
A ação violenta do grupo veio na sequência de outras, como as bombas atiradas em atos do ex-presidente Lula e o assassinato, ocorrido na semana passada, no Paraná, de Marcelo Arruda.
No final de semana passado Jorge Guaranho, invadiu uma festa privada de aniversário do tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu e assassinou Marcelo Arruda. A festa tinha temas alusivos à campanha de Lula. Guaranho entro no local gritando “aqui é Bolsonaro” e assassinou o aniversariante com dois tiros. Ele já tinha ido ao local e feito provocações. Foi até sua casa pegou uma arma e retornou ao local para invadir a festa e matar Marcelo com dois tiros.
De acordo com participantes da marcha neste sábado com Freixo, o bando de provocadores estava armado. “Rodrigo Amorim veio para cima de uma atividade pacífica de uma atividade com o Freixo aqui no Rio. Xingaram, ameaçaram e fizeram questão de mostrar que estavam armados”, afirmou Elika Takimoto, pré-candidata a deputada estadual.
A violência na Tijuca ocorre na sequência direta da conclusão da delegada da Polícia Civil do Paraná, de que o assassinato do apoiador de Lula em Foz do Iguaçu, no final de semana passado, não teve motivação política. Especialistas criticaram a decisão da delegada e dizem que ela estimula a impunidade e reforça esse tipo de ação. Até os irmãos da vítima de Foz do Iguaçu que apoiam Bolsonaro, consideraram um absurdo a conclusão da delegada.