O presidente Evo Morales abriu a marcha da Central Operária Boliviana (COB), realizada nesta quinta-feira, 1º de maio, em Cochabamba, ao lado de lideranças do movimento sindical e popular, destacando a importância do aumento real de salários como chave para impulsionar a economia do país, o que mais cresce na região por seis anos consecutivos.
Nesta semana, o governo e os dirigentes da COB assinaram um acordo que estabelece um incremento de 4% no salário básico nacional (reajuste mínimo determinado por lei para as convenções coletivas firmadas com os sindicato) e de 3% ao salário mínimo nacional – que subirá de 2.060 bolivianos (R$ 1.150,00) para 2.122 bolivianos (R$ 1.184,00). A Bolívia fechou 2018 com uma inflação de 1,5%, uma das mais baixas da última década, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Saudando o “entendimento” com a central sindical, Evo assinalou que “nunca o reajuste será abaixo da inflação”, pois seu governo sempre buscará “um equilíbrio entre o aspecto laboral e o investimento”.
O presidente da COB, Juan Carlos Huarachi, sublinhou que “felizmente chegamos a um consenso para que os trabalhadores possam ter este aumento, particularmente os que ganham um salário mínimo”.
O vice-ministro de Coordenação com os Movimentos Sociais, Alfredo Rada, destacou que a presença de Evo na linha de frente da marcha “ratifica que este é um governo dos trabalhadores”. “Este é o poder da unidade, quando o povo vê que seus dirigentes, suas autoridades, estão unidos em um projeto revolucionário, pois a resposta é esta, uma resposta contundente nas ruas”, frisou.