Jair Bolsonaro liberou, até 26 de janeiro, R$ 504 milhões em emendas parlamentares para comprar os votos dos senadores e deputados na eleições das presidências da Câmara e do Senado.
Mesmo com a correção da inflação, os R$ 504 milhões liberados pelo governo Jair Bolsonaro significam o maior valor já liberado no mês de janeiro em todos os anos anteriores.
Com a liberação dos recursos, Bolsonaro garantiu a vitória de Rodrigo Pacheco (DEM-MG), no Senado, e de Arthur Lira (PP-AL), na Câmara dos Deputados.
As emendas parlamentares são pedidos de recursos feitos pelos deputados e senadores para realizar obras em seus estados e seu valor é fixo e aprovado junto com o Orçamento, mas o momento da liberação fica a critério do governo federal.
Essas emendas liberadas em janeiros atenderam a pedidos individuais feitos por 172 deputados e 19 senadores e outros 10 coletivos, que atendem bancadas estaduais.
Além desses recursos, o governo Bolsonaro utilizou R$ 3 bilhões do Ministério do Desenvolvimento Regional para que 250 deputados e 35 senadores indicassem obras.
A “negociação” (lê-se, compra de votos) aconteceu na Secretaria de Governo, que é chefiada por Luiz Eduardo Ramos.
Com isso, Jair Bolsonaro conseguiu mudar o voto de deputados do DEM e do PSL, cujos partidos tinham feito uma movimentação para apoiar Baleia Rossi (MDB-SP) na disputa pela Presidência da Câmara.
O Diário Oficial é a maior prova que a eleição, especialmente, de Lira, na Câmara, acabou se transformando em um grande balcão de negócios.