Líder caminhoneiro, Wallace Landim (Chorão), condenou os ataques de Bolsonaro à estatal e a proposta de “bolsa” caminhoneiro. “Não queremos esmola”, afirmou
O presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim (Chorão), voltou a protestar contra a tentativa de Bolsonaro de atacar a Petrobrás para engabelar a população e os caminhoneiros em relação à alta dos preços dos combustíveis e tirar o corpo fora da sua responsabilidade como presidente.
“Bolsonaro mentiu e agora quer colocar a categoria e o povo brasileiro contra a Petrobrás”, afirma Landim, referindo-se aos ataques de Bolsonaro à companhia, inclusive inventando uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra a empresa, que, além de tudo, parece mais uma tentativa de criar uma cortina de fumaça para esconder o caos em que seu governo afundou o país.
Segundo o líder caminhoneiro, “a grande falha e incompetência do governo Bolsonaro foi não ter reestruturado a Petrobrás e suas operações no início do governo, de não ter dado início a mudanças estruturantes na empresa, e o principal, de não ter cumprido suas palavras com os caminhoneiros”. “Por favor, presidente, não duvide de nossa inteligência, estamos do lado da verdade, e não da mentira”, afirmou a Abrava, em nota.
“NÃO QUEREMOS ESMOLA”
Wallace Landim também condenou a decisão do governo, anunciada na noite desta terça-feira (21), de criar um auxílio de R$ 400 mensais para caminhoneiros autônomos. “A gente não quer esmola, a gente precisa é trabalhar com dignidade”.
“Ontem abasteci no posto a R$ 8,70 por litro e o governo falando em voucher de R$ 400 de diesel. Já falamos, na outra vez, que caminhoneiro não quer esmola. O governo tem de ter coragem de bater de frente com acionista e retirar a Política de Paridade de Preço Internacional (PPI) da Petrobrás”, afirmou Chorão.