Em um jogo sem sustos, o Brasil classificou-se para a final do vôlei feminino nas Olimpíadas de Tóquio e vai reencontrar os Estados Unidos na briga pelo ouro. Com o resultado das mulheres, o país garantiu a sua 20ª medalha e ultrapassou a marca obtida nos jogos do Rio de Janeiro, em 2016, quando subiu ao pódio 19 vezes.
Na semifinal contra a Coreia do Sul realizada nesta sexta-feira (6), a equipe comandada por José Roberto Guimarães caminhou com tranquilidade para fechar em 3 sets a 0, com parciais de 25/16, 25/16 e 25/16, mostrando que a suspensão de Tandara não mexeu com a cabeça das jogadoras.
“Era uma partida que tínhamos muita preocupação porque nosso histórico com a Coreia do Sul não era dos melhores. Sempre tivemos dificuldade com a Coreia, haja vista Londres, quando perdemos para elas de 3 a 0. Tinham algumas jogadoras desse time aí que foi muito complicado o pós-derrota contra elas. Lavarini excepcional treinador e a Kim excelente jogadora”, disse Zé Roberto após a partida.
“Então estávamos numa preocupação enorme nessa semifinal, mas sabíamos que tínhamos possibilidade de jogar bem contra elas se melhorassemos o saque e a performance do bloqueio principalmente para a Kim. E ela não teve a melhor performance. Quase não deixou ela tocar a bola no passe. O sistema defensivo funcionou como um todo. Conseguimos uma vitória fantástica que é uma honra incrível ter colaborado para mais uma medalha, pelo menos, e o Brasil ter batido o recorde”, concluiu o técnico.
A final contra os Estados Unidos, na madrugada de sábado para domingo, à 1h30 da manhã (de Brasília). Esta será a terceira final olímpica entre Brasil e Estados Unidos, sendo que a equipe brasileira levou a melhor nas duas oportunidades, ficando com o ouro em Pequim-2008 e Londres-2012.
RECORDE DE MEDALHAS
Após a medalha de prata conquistada por Pedro Barros no skate park igualar o recorde de 2016 de 19 medalhas para o Brasil em uma única edição olímpica, em Tóquio 2020, e a vitória no vôlei feminino, o Brasil obteve a vigésima medalha do país no Japão, estabelecendo um novo recorde.
No quadro de medalhas, o país soma 16 pódios já confirmados, mas já conta com quatro medalhas garantidas, faltando apenas definir a cor. Além do vôlei, disputam o ouro Bia Ferreira e Hebert Conceição, no boxe, e o futebol masculino.
Nas Olimpíadas do Rio, o país conquistou sete ouros, seis pratas e seis bronzes, totalizando 19 pódios, melhor campanha da história. Em Tóquio, no momento são quatro ouros, quatro pratas e oito bronzes, além das quatro medalhas já garantidas.
CANOAGEM
Isaquias Queiroz está nas semifinais do C1 1.000m na canoagem de velocidade. Em busca de sua primeira medalha nas Olimpíadas de Tóquio, o brasileiro foi o primeiro colocado da segunda bateria das classificatórias, com 3:59.894.
Com o resultado, Isaquias não precisou disputar as quartas de final, já que os dois primeiros de cada grupo avançam diretamente para as semifinais. Ele deixou claro que fez questão de fazer uma prova contundente para recuperar a confiança e mandar um recado.
“Nos dias anteriores eu fui bem com o Jacky Godmann no C2, quarto lugar não é para todo mundo, é uma grande colocação. Mas eu estou com uma raiva, vontade de ganhar. Claro, isso não quer dizer que vou ganhar, mas vou lutar para isso. Falei com o treinador antes da prova o que queria fazer. Queria mostrar no final quem sou eu, o atual campeão mundial e o cara que vai brigar por essa medalha de ouro”, disse Isaquias após a classificação.
Na raia 5, Isaquias iniciou bem a prova, sendo o primeiro a cruzar a linha dos 500m. Na segunda metade da prova, o chinês Hao Liu se aproximou do brasileiro. Isaquias, porém, aumentou o ritmo e concluiu os 1.000m isolado na primeira colocação.