Lideranças dos caminhoneiros autônomos reuniram-se, na última segunda-feira (8), com Aloísio Mercadante, coordenador do programa de Lula, para apresentar um conjunto pautas da categoria a serem consideradas no próximo governo.
Dentre as reivindicações está o fim da política de Preço de Paridade Internacional (PPI) mantida por Bolsonaro, que tem imposto aumentos sucessivos nos combustíveis, onerando os trabalhadores.
Os caminhoneiros também defenderam a necessidade de garantir o piso mínimo do frete, uma pauta importante para a categoria que, assim como as demais, foi negligenciada no atual governo.
“Foi uma reunião muito importante. Abriu um cenário de discussão dos problemas da categoria, com a apresentação de várias pautas que são muito caras para a gente, os transportadores autônomos de carga”, declarou Carlos Alberto Litti Dahmer, caminhoneiro autônomo no Rio Grande do Sul, e diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL).
“São pautas que vão desde o piso mínimo de frete, o retorno da aposentadoria com vinte e cinco anos de trabalho, renovação de frota, um sistema de crédito e também tributário para que se iguale às grandes transportadoras e o incentivo ao cooperativismo. Foi uma reunião com boa aceitação por parte de Mercadante”, completou.
No documento apresentado à Mercadante, os caminhoneiros defendem que é imprescindível para o país que o programa do novo governo estabeleça uma mudança radical na forma como a Petrobrás vem sendo tratada com a política entreguista do governo Bolsonaro. “Rever de forma radical e reverter esse entreguismo é urgente! Não é admissível que se venda a Petrobrás e suas refinarias, ou ainda, que se utilize apenas parte do potencial do refino dessas estruturas, a título de dar rendimentos aos acionistas internacionais”, defende o documento.
Em relação ao PPI, o documento ressalta que “não podemos admitir que o preço de paridade de importação seja a base para o preço do nosso combustível”. Para os caminhoneiros, “precisamos de uma política de preços que leve em conta o nosso custo de extração do petróleo cru e a nossa capacidade de total refino dentro das estruturas que a Petrobras detém, que são nossas doze refinarias”.
Contrários à privatização da Petrobrás, a categoria defendeu que é necessário que o país pense também em outras áreas dos derivados do petróleo como forma de fortalecer as indústrias de base e a potencialização da indústria nacional, através de milhares de subprodutos derivados do petróleo.
Para Litti, as pautas apresentadas foram bem recebidas por Mercadante, dentre elas o piso do frete que tem sido uma das principais reivindicações da categoria dos últimos anos. “Agora nos resta conseguir consolidar isso num programa de governo da campanha Lula e o aval do próprio Lula, né? Certificando de que essas pautas serão atendidas”, completou.
Foi aprovado, também, um encontro no Rio de Janeiro entre Lula e a categoria, com data a ser confirmada. Veja abaixo o conjunto das pautas apresentadas pela categoria:
1) Piso mínimo de frete
2) Aposentadoria aos 25 anos de trabalho
3) Renovação da frota
4) Tributação e isonomia para os impostos
5) Pontos de parada e descanso
6) Cartão BNDES, linha de crédito para aquisição de insumos (pneus, combustível, peças e etc.)
7) Petrobrás: É imprescindível para o país, que haja uma mudança radical na postura de gestão entreguista da maior empresa Brasileira, a Petrobrás. Rever de forma radical e reverter esse entreguismo é urgente! Não é admissível que se venda a Petrobrás e suas refinarias, ou ainda, que se utilize apenas parte do potencial do refino dessas estruturas, a título de dar rendimentos aos acionistas internacionais.
Não podemos admitir que o preço de paridade de importação seja a base para o preço do nosso combustível. Pelo fim do PPI e uma política de preços que leve em conta o nosso custo de extração do petróleo cru e a nossa capacidade de total refino dentro das estruturas que a Petrobras detém, que são nossas doze refinarias.
CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA PETROBRÁS
É imprescindível também, que atuemos em outras áreas dos derivados do petróleo, como por exemplo a fortalecer as indústrias de base para que potencializemos nossa indústria nacional, através de milhares de subprodutos derivados do petróleo. Uma nova Petrobrás vai renascer, independente e nacionalista. Como já foi dito por um grande estadista brasileiro: O PETRÓLEO É NOSSO!
8) Cooperativismo
9) Fim da obrigatoriedade do pagamento SEST/SENAT [Serviço Social do Transporte e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte].