Jair Bolsonaro sugeriu, em conversa com apoiadores no “cercadinho”, a exigência de exame toxicológico para estudantes universitários.
Um caminhoneiro se queixava que o exame é exigido para a categoria, quando Bolsonaro falou que “tentamos eliminar o exame toxicológico [para caminhoneiro]. Por que não faz para outras profissões, inclusive para políticos? Por que só caminhoneiros? Para estudante universitário…”.
O caminhoneiro, em resposta, falou que acha “que deveria fazer para todos, não só caminhoneiros. Nós somos julgados como drogados”.
Bolsonaro perguntou ao apoiador se “você faz exame do fio de cabelo?”. A resposta foi que sim. Bolsonaro continuou: “e dá para pegar pelo do colega e botar no…”.
O caminhoneiro admitiu que “muitos fazem, isso é fato consumado”.
Ainda na conversa, Bolsonaro voltou a culpar os governadores pela alta no preço dos combustíveis. Ele disse que quer que o ICMS, que é um imposto estadual, seja cobrado de forma uniforme em todo o país e disse que o tributo é cobrado na bomba, “e no preço da bomba já chega com imposto federal, já chega com preço do frete, a margem de lucro do próprio posto”.
Mas os governadores congelaram o ICMS por três meses e os aumentos não pararam. Foram seis reajustes decididos pela Petrobrás no mesmo período em que o ICMS ficou congelado, informou o presidente do Fórum dos Governadores, Wellington Dias.
Ele não fez nenhuma referência à política de preços que seu governo optou por praticar, que vincula o preço dos combustíveis no Brasil à variação internacional do dólar e do preço do barril de petróleo.
No último dia 11 de janeiro, a Petrobrás anunciou o primeiro aumento no preço dos combustíveis do ano de 2022, enquanto os governos estaduais mantêm congelados os valores do ICMS.
A gasolina subiu R$ 0,15 e o diesel subiu R$ 0,27 na venda para as distribuidoras.