Filho de Bolsonaro, que atacou Olímpio, comanda “Gabinete do Ódio” e participou da indicação de Alexandre Ramagem para a direção-geral da Polícia Federal
O senador Major Olímpio (PSL-SP) rebateu, na terça-feira (28), os ataques feitos nas redes sociais contra ele pelo vereador Carlos Bolsonaro, coordenador do chamado “gabinete do ódio” e um dos responsáveis pela indicação de seu chegado, Alexandre Ramagem, para a direção-geral da Polícia Federal no lugar de Maurício Valeixo, afastado pelo presidente.
“O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) tem “problemas psiquiátricos”, disse o senador Olímpio, após receber críticas do filho do presidente por ele, Olímpio, ser favorável à CPI das Fake News.
A CPI investiga ataques políticos por meio de notícias falsas, que o vereador chama de “CPI da censura”. A PF está no encalço de Carlos por ter identificado suas digitais no esquema de difamação de figuras públicas na internet.
Carlos insinuou que o senador teria traído a família Bolsonaro porque foi eleito com o apoio do pai e, agora, apoia a CPI que investiga crimes cometidos por integrante de seu grupo de “espiões”. Também afirmou que Olímpio se aliou a opositores, como o senador Álvaro Dias (Podemos-PR).
“Hoje está ladeado com Álvaro Dias do Podemos, mostra mais a cara diante de todo enredo visto e analisado por muitos. A nova esquerda vem se formando sob o manto de seu mais novo amigo, ex-ministro e deputados chamados de traíras. Amigos, o desenho está escancarado”, concluiu o vereador.
Olímpio, por sua vez, defendeu-se afirmando que havia chorado pelo estado de saúde de Bolsonaro e não por favores políticos e que assinou a CPI por ser contra quadrilhas que utilizam de notícias falsas que destroem reputações.
“Não mudei nenhum item dos compromissos de campanha. Não traí e nunca trairei os princípios que elegeram Bolsonaro e me elegeram também, e não vou compactuar com criminosos, sejam eles quais forem. Seu problema é psiquiátrico e daí o desespero de seu pai com relação a você. Não tenho medo de investigação. Lamento se você ou os seus têm”, disse o senador.