O ex-governador de Goiás e ex-prefeito de Goiânia, Iris Rezende, morreu no início da madrugada desta terça-feira (9), em São Paulo, após mais de três meses internado.
Aos 87 anos, ele tentava se recuperar de um acidente vascular cerebral (AVC) que sofreu em agosto. O político passou as últimas semanas no Hospital Vila Nova Star.
A assessoria informou que, no sábado (6), ele foi submetido a intubação para tratar uma pneumonia que teve durante o tratamento contra o AVC. Desde então, seu quadro piorou.
A internação teve início no mês de agosto em Goiás, após ter sofrido o AVC hemorrágico diagnosticado depois de sentir dores de cabeça. O ex-governador foi submetido a uma cirurgia dia 6 de agosto, procedimento que foi “bem-sucedido”, segundo os médicos.
Iris nasceu em 22 de dezembro de 1933, em Cristianópolis, na região sudeste de Goiás. Iniciou sua carreira na vida pública em 1959, quando foi eleito vereador. Na época, foi o candidato com maior número de votos e mais jovem da história da capital, aos 25 anos.
Em 1962, foi eleito deputado estadual e, em 1965, assumiu a prefeitura de Goiânia, mas foi cassado pela ditadura antes que o seu mandato chegasse ao fim.
Formado em direito pela Universidade Federal de Goiás (UFG), montou um escritório de advocacia no período em que ficou fora da política.
Após o fim da ditadura, foi eleito governador por dois mandatos, de 1983 a 1986 e de 1991 a 1994. Entre as duas administrações, foi ministro da Agricultura no governo de José Sarney (1986 a 1990). Em 1994, Iris foi eleito senador e, no meio de seu mandato, em 1997, assumiu o ministério da Justiça durante um ano, no governo de Fernando Henrique Cardoso.
Em 2004, foi novamente eleito para a prefeitura de Goiânia. O político encerrou a carreira em dezembro de 2020, após concluir o quarto mandato como prefeito da capital.
A prefeitura de Goiânia decretou luto oficial por sete dias. Segundo a assessoria do político, o corpo será velado no Palácio das Esmeraldas, sede do governo estadual. O sepultamento está previsto para as 17 horas, no cemitério Santana, também na capital.