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Dirigentes das centrais sindicais reagiram à queda de apenas 0,5 ponto percentual da Taxa Selic pelo Banco Central, nesta quarta-feira (31).
Para o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, a queda é “tímida e insuficiente para aquecer o consumo, gerar empregos e estimular a produção. Um pouco mais de ousadia traria enormes benefícios para o setor produtivo, que gera emprego e renda e anseia há tempos por um crescimento expressivo da economia. É um absurdo esta mesmice dos tecnocratas do Banco Central”, afirmou o dirigente sindical.
De acordo com Miguel Torres, o Brasil precisa de uma queda drástica na taxa de juros. “Com a pequena queda, o Brasil ainda sofrerá com uma taxa de 11,25%”, disse.
Para a vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), e presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Juvandia Moreira, “não tem como a Selic prosseguir nesses níveis”. Ela questiona: “Como vamos implementar um projeto de reindustrialização no Brasil, investir na Saúde, em obras do PAC, como o Estado irá conseguir somar dinheiro para tantas áreas fundamentais, com os juros acima dos 10%?”.
Segundo Juvandia, “os empresários deveriam ser os primeiros a engrossar os protestos contra os juros altos, mas eles seguem omissos”, avalia.
Para o presidente da Força Sindical, “juros em patamares estratosféricos sangram as riquezas do País, criam enormes obstáculos ao desenvolvimento nacional e comprometem a geração de postos de trabalho e os investimentos sociais. Insistimos que a manutenção dos juros em patamares proibitivos trava a retomada do crescimento econômico”, pondera.
“A questão do emprego nunca foi o foco do BC e foi isso que nós exigimos da entidade de política monetária. As justificativas para definir a Selic, usadas em todos os relatórios que o Copom publica após cada reunião, se resumem ao controle da inflação, quando na verdade outros mecanismos e outros fatores são responsáveis pela inflação”, destaca Juvandia.