As centrais sindicais publicaram uma nota em defesa da prorrogação do auxílio emergencial e sua atualização para os 600 reais aprovados pelo Congresso Nacional.
A nota, publicada na última sexta-feira (18), defende que o auxílio “deve manter-se em vigor a partir de janeiro de 2021, protegendo todos aqueles que não tiverem condições de retomar aos empregos ou suas atividades laborais”. O texto é assinado por Sérgio Nobre, presidente da CUT; Miguel Torres, presidente da Força Sindical; Ricardo Patah, presidente da UGT; Adilson Araújo, presidente da CTB; José Calixto Ramos, presidente da NCST; e Antônio Neto, presidente da CSB.
“O aumento de infectados e as mais de mil mortes diárias que assistimos hoje revelam que a crise sanitária está longe de ser superada. Por isso, é fundamental que o país tenha um plano nacional e coordenado de vacinação, promova as medidas de proteção (uso de máscara, álcool gel e distanciamento social) e mantenha o plano de proteção econômica até o controle da pandemia”, defendem as centrais.
A nota diz ainda que o protagonismo dessa prorrogação deve ser do legislativo, assim como em março, uma vez que Bolsonaro demonstra que não tem interesse algum em aplicar medidas para aliviar os impactos da pandemia na vida da população numa “ausência criminosa do governo federal em todos os assuntos relacionados à crise sanitária e seus efeitos sociais e econômicos”.
Na última semana, dezessete governadores enviaram um documento para Jair Bolsonaro e para os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP), respectivamente, pedindo que o estado de calamidade pública, que permite mais ações no combate à pandemia, seja prorrogado por mais 180 dias.
O Decreto Legislativo nº 6 de 2020, que reconhece o estado de calamidade pública e permite o aumento de gastos, perderá seus efeitos a partir de janeiro.