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O conhecido humor de Chico Buarque estava afiado durante show no Rio de Janeiro, na última quinta-feira (5). O artista fez piada com o imbróglio envolvendo sua música “Roda Viva” e o deputado federal Eduardo Bolsonaro e também fez piada com o ex-ministro da Economia Paulo Guedes.
No ano passado, Chico entrou com uma ação na Justiça para que Eduardo Bolsonaro apagasse uma postagem na internet em que usava sua canção indevidamente. Durante a briga na justiça, em que, ao final, o compositor acabou levando a melhor, uma juíza bolsonarista deu uma sentença a favor do deputado questionando a autoria de “Roda Vida”.
O caso, de tão absurdo, viralizou nas redes, e Chico, na turnê Que Tal Um Samba?, com a qual percorre o Brasil desde o final do ano passado, não podia deixar barato.
Aproveitando a deixa em que em suas apresentações, sempre elogia os músicos que o acompanham, disse: “com instrumentistas desse naipe, eu tenho que caprichar é muito meu violãozinho”.
“Posso ratear, esquecer uma parte de uma letra. Pensei em instalar um teleprompter. Mas aí podem dizer, se eu não sei as letras, não sei tocar, que eu não sou o autor: ‘Prova que é sua?”, ironizou o artista.
Em outro momento, ao cantar “Bancarrota Blues”, o músico se referiu ao boato fomentado por bolsonaristas na internet de que comprava suas músicas. Ao afirmar que não admitia tais acusações, mais uma vez ironizou, repetindo um dos versos da canção: “mas posso vender” – para em seguida brincar, “essa também não é minha. É do Paulo Guedes”.
Durante o show, em que divide o palco com a cantora Mônica Salmaso, Chico homenageia Gal Costa, abrindo a apresentação com uma projeção do rosto da cantora e cantando “Mil Perdões”, de sua autoria, gravada por Gal na década de 80.