No domingo (19), Professores, pesquisadores e estudantes universitários levaram suas pesquisas para as ruas de São Paulo e Belém para mostrar à população o trabalho que exercem e a importância que as universidades públicas têm para o país.
Em São Paulo, a ação na Avenida Paulista foi organizada pelo grupo “Cientistas Engajados” e contou com professores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Os temas das pesquisas apresentadas variavam entre química de materiais, física, medicina, arqueologia e psicologia social.
O professor Doutor Walter Neves, pesquisador do Laboratório de Estudos Evolutivos e Ecológicos Humanos da USP (LEEEH-USP) e responsável pelas pesquisas sobre a Luzia, esqueleto humano mais antigo do Brasil, esteve presente na atividade.
Nick Couldry, pesquisador da London School of Economics, foi até a atividade e considerou que “pretendendo tirar dinheiro da ciência, é a sociedade que vai ficar cega em relação ao mundo, cortar suas conexões com o conhecimento”.
“Isso não pode ser uma sociedade saudável, isso é a sociedade indo na direção errada. Então, eu apoiei o protesto de vocês na semana passada e desejo toda sorte a vocês nessa importante luta”, destacou o cientista.
“A ideia de ir para a rua é mostrar para as pessoas um pouco das pesquisas que estão sendo realizadas nas universidades públicas que ficam aqui na cidade de São Paulo”, disse Mariana Moura, co-fundadora dos Cientistas Engajados e ex-candidata à deputada federal.
Segundo ela, “o governo Bolsonaro está mentindo pra população sobre o que acontece dentro das universidades”. “O que fazemos dentro da universidade é produzir conhecimento, produzir tecnologia para melhorar as condições de vida do povo brasileiro”, ressaltou.
Em Belém, estudantes, professores e pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Universidade Estadual do Pará (UEPA) criaram o movimento “Universidade na Praça”. Através dele, mais de 190 pesquisas, seja de iniciação científica, trabalhos de conclusão de curso ou teses de mestrado e doutorado, foram apresentadas para a população.
De acordo com a organizadora do evento, Julieny Cardoso, “os investimentos feitos nas universidades públicas trazem produção científica de alto nível para o país e é de extrema importância que a comunidade conheça as pesquisas realizadas”.
Um movimento chamado Aula na Rua foi criado nas redes sociais, como Facebook e Instagram, para divulgar essas apresentações públicas de pesquisas por todo o país.
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