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Cinco dos advogados que defenderiam Donald Trump no julgamento de impeachment, que deve acontecer dentro depoucos dias, desistiram de integrar a equipe por não concordar em argumentar que as eleições presidenciais no país foram fraudadas, como quer impor o ex-presidente
Trump queria forçar os advogados a trabalhar com suas alegações infundadas e amplamente rebatidas de fraude eleitoral maciça, em vez de se centrar contra a legalidade de condenar um presidente depois que ele deixou o poder, como queriam seus advogados, divulgou no sábado (30) a emissora CNN citando “pessoas familiarizadas com o caso”.
A rede norte-americana acrescentou que o ex-presidente, sabendo da falta de sustentação de seus argumentos, “não estava receptivo” a discutir o assunto com sua equipe de defesa.
Após o golpe fascista fracassado de 6 de janeiro, Trump é formalmente acusado por maioria da Câmara que aprovou seu impeachment de “incitar à insurreição” na aglomeração que culminou com a invasão ao Capitólio por seus seguidores. A ação em que Trump instigara a impedir a homologação, pelo Congresso dos EUA, da vitória do oposicionista Joe Biden, terminou com 5 mortos e interrompeu a votação nas duas Casas e que confirmou a vitória de Biden nas eleições.
São necessários 2/3 dos votos no Senado (67 de 100 senadores) para condenar Trump. Se o processo de impeachment for aprovado, há uma nova votação para determinar a inelegibilidade vitalícia do republicano. Neste caso, a requisição é de maioria simples (51 votos).
Os advogados afastados incluem Butch Bowers e Deborah Barbier, que deveriam liderar a defesa de Trump. Josh Howard, Johnny Gasser e Greg Harris também deixaram o time.
“Não tomamos uma decisão final sobre nossa equipe jurídica, o que será feito em breve”, tuitou o conselheiro de Trump, Jason Miller, após notícias da imprensa.
Nenhum outro advogado anunciou estar trabalhando na defesa do impeachment de Trump.
O segundo julgamento de Trump no Senado dos EUA deve começar em 9 de fevereiro.
O impeachment de Trump se deu no dia 13 de janeiro. Trump rejeitou as acusações, alegando que o discurso que fez antes do evento era “totalmente apropriado”.