Assinado pelos presidentes de todas as centrais, inclusive a CUT, o convite enviado ao governador Joao Doria, no dia 9 de abril, pede um vídeo de dois minutos com uma mensagem especial ao 1º de Maio Unificado.
Segundo Wagner Gomes, secretário geral da CTB, “todas as centrais, inclusive a CUT, concordaram que o Doria falasse pelo seu posicionamento perante a pandemia e as vacinas. Uma semana antes do 1º de Maio, a CUT avisou a todas as centrais que vetava a falação do Doria”.
Juruna, secretário geral da Força Sindical, falou ao HP: “Com a democracia ameaçada, vetar Doria no 1º de maio é ajudar Bolsonaro”. Ao jornal O Globo declarou: “Às vezes, o adversário é um aliado contra o inimigo principal. A gente não pode confundir as reivindicações com a situação política. Foi por isso que todas as centrais, inclusive a CUT, decidiram convidar o Doria. Nós estamos vendo o Doria neste momento como um aliado frente ao Bolsonaro”.
Para Pereira, presidente do Sindicato do Metalúrgicos de Guarulhos e da executiva da Força Sindical, “foi um erro crasso excluir o Doria do 1º de Maio. Se a luta principal é pela vacinação do povo, é o Doria que está garantindo o que tem de vacina. Isso é jogar contra o patrimônio”.
Eduardo Annunciato, o Chicão, presidente do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo e da executiva da Força, disse: “O inimigo do meu inimigo é meu amigo. Doria é o governador do Estado com o maior PIB do país. Tem enfrentado o Bolsonaro em vários terrenos. Não interessa as diferenças que eu tenho com ele. O que interessa é derrotar o Bolsonaro. E nisso ele está do nosso lado. E isso não é qualquer coisa. Eu falei com Paulinho (da Força) que a gente tinha que mudar essa situação”, ressaltou.