Entidades do movimento social, centrais sindicais, entidades estudantis, partidos e políticos estão ampliando as convocações para as manifestações que ocorrerão em todo o país no próximo sábado (19).
Estão previstos atos em todas as capitais brasileiras e, na internet os protestos estão confirmados em mais de 200 cidades pelo país. O ato de 19J, como tem sido chamado o dia nacional de mobilizações, denuncia a política de sabotagem do governo Bolsonaro às medidas de combate à pandemia no país, que já deixou quase 500 mil mortes.
Dentre as principais pautas do ato estão e exigência de vacinas para toda população, a necessidade de garantir auxílio emergencial de R$ 600, a denúncia do corte de verbas das universidades e institutos federais – que está colocando em xeque as pesquisas de vacinas e ações e combate à pandemia – e um unificado grito de “Fora Bolsonaro”.
Para engrossar as fileiras do ato do dia 19J, as centrais sindicais estão organizando por todo o país uma série de atos e atividades nos locais de trabalho, na sexta-feira (18), para convocar os trabalhadores a se somarem aos protestos.
“Neste momento de profunda crise sanitária, econômica, política e social no país, é essencial uma união cada vez maior da classe trabalhadora, do sindicalismo, dos movimentos sociais e da sociedade”, defende documento unitário das centrais sindicais.
“Os atos do dia 19 demonstram que o povo brasileiro tem considerado que Bolsonaro é mais perigoso que o vírus. Por isso o povo vai às ruas contra os cortes da educação, em defesa da vacina e da vida”, disse Maycon Maciel diretor de Universidades Públicas da União Nacional dos Estudantes (UNE).
“Em dois anos e meio de governo Bolsonaro, tudo que veio da parte dele foi destruição de milhares de empregos, aumento da miséria e da fome cortes constantes nas pastas de Educação e Ciência, vendas de nossas riquezas, queimadas e desmatamento de nossas florestas, ataques à democracia de nosso país”, denuncia as entidades estudantis em nota conjunta.
As entidades que estão convocando as mobilizações afirmam o importante papel que tem cumprido a CPI da Covid-19 no Congresso Nacional, ao evidenciar o descaso e as sabotagens do governo Bolsonaro aos esforços de combater a pandemia, como o uso de máscaras, álcool em gel e, principalmente, à aquisição de imunizantes para vacinar a população brasileira.
“É preciso dar capilaridade às lutas e mobilizações, fazer chegar aos locais de trabalho, de moradia e de estudo as demandas dos sindicatos e das organizações populares para avançarmos na construção de uma alternativa democrática para o Brasil, calcados no compromisso e na mobilização consciente de milhões de brasileiros que não aceitam mais o governo de destruição nacional de Bolsonaro e seus aliados”, diz a Força Sindical em nota.