A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) divulgou, nesta quinta-feira (09), uma resolução feita pela direção nacional da entidade em que afirma a importância das mobilizações para uma nova Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat).
De acordo com a central, o objetivo do movimento é avançar na construção de uma frente ampla contra Bolsonaro e derrotá-lo até eleições 2022.
“É fundamental unir forças e construir uma ampla frente social e política para afastar Jair Bolsonaro do Palácio do Planalto e viabilizar um governo de reconstrução nacional, promover a mudança da política econômica, um plano emergencial de combate ao desemprego e à fome e a retomada do desenvolvimento nacional”, diz o documento.
“A sucessão presidencial começa a ocupar o centro da agenda política do país. As centrais sindicais convocaram para abril de 2022 uma nova Conferência Nacional da Classe Trabalhadora para definir um documento unitário que será apresentado aos candidatos à Presidência. A unidade eleva o protagonismo político das trabalhadoras e trabalhadores brasileiros na disputa de um novo projeto nacional de desenvolvimento”, continua a resolução.
A CTB afirma que a ação será “orientada pela resistência e luta enérgica contra o retrocesso, em defesa da classe trabalhadora, da democracia e da soberania nacional” para combater a agenda do governo da extrema direita de Jair Bolsonaro que procura impor um nocivo programa de privatizações, com a entrega dos Correios, Eletrobrás, bem como água, saneamento e o Sistema Petrobras.
O documento lembra, ainda, que Bolsonaro visa impor novos retrocessos na legislação trabalhista e sindical através da formulação de uma nova “reforma” proposta pelo chamado Grupo de Altos Estudos do Trabalho (GAET), criado e indicado por Jair Bolsonaro sem nenhuma representação da classe trabalhadora.
“Além de flexibilizar a legislação trabalhista para conferir maior poder aos patrões nas contratações, o grupo tem o objetivo de dividir e pulverizar o movimento sindical abolindo a unicidade sindical e abrindo a possibilidade de sindicatos (mais de um) por empresa, a exemplo do modelo imposto pelo ditador Augusto Pinochet no Chile depois do golpe contra Salvador Allende em 1973”, denuncia a CTB.
“A CTB deve elaborar uma plataforma classista para orientar a participação no processo eleitoral, debater com candidatos e candidatas em todos os níveis; incentivar e apoiar candidaturas vinculadas ao sindicalismo, principalmente de lideranças cetebistas, e buscar alterar a composição do Congresso Nacional e das assembleias legislativas, espaços políticos importantes em que é preciso ampliar a presença de parlamentares ligados organicamente à nossa Central. Os trabalhadores e trabalhadoras das cidades e do campo podem contar com a CTB para defender seus direitos, resistir aos retrocessos e avançar nas transformações”, conclui o documento.