A ex-deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB) denunciou na última quinta-feira (9) que teve os dados pessoais no Sistema Único de Saúde (SUS) adulterados mais uma vez. Em postagem nas redes sociais, ela diz que teve os dados apagados e que não possui mais comprovante eletrônico de vacinação contra a Covid-19.
“Nesse governo de Bolsonaro e Queiroga, em que a “liberdade” vale mais que a vida, meus dados são frequentemente adulterados e o governo não faz nada! Primeiro, fui “morta” no site do SUS. Agora não tenho mais carteira de vacinação!!!!! Eles tiraram meu nome, alteraram minha nacionalidade, fraudaram meu documento e tiraram de mim meu comprovante vacinal”, escreveu Manuela.
No Instagram, Manuela publicou uma foto em que o espaço destinado ao nome do que seria o seu cadastro está com os dizeres “Owned by Viktor Sorokin” e a nacionalidade aparece como estrangeira.
Em julho passado, Manuela já havia denunciado que seus dados tinham sido ilegalmente alterados para aparecesse como morta, como data de falecimento em 14/10/2018.
Ela descobriu a primeira alteração quando enfrentou dificuldades ao se vacinar contra a Covid-19, ocasião em que funcionários da unidade de saúde que procurou não conseguiram achar o seu cadastro no sistema.
Em 2019, dados pessoais de 2,4 milhões de usuários do SUS foram vazados na internet. Na época, Manuela relacionou seus problemas com este vazamento, apesar de o Ministério da Saúde não ter confirmado a forma como as alterações aconteceram.
No mesmo período, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT) e o ex-presidenciável Guilherme Boulos (PSOL) também denunciaram a alteração nos dados.
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Durante a madrugada desta sexta-feira (10), horas após o post de Manuela D´Ávila, os sites do Ministério da Saúde e ConecteSUS saíram do ar após ataque hacker.
Nas redes sociais, usuários afirmaram que tentaram acessar a plataforma e que seus comprovantes de vacinação não estavam constando na plataforma.