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Não há nenhum compromisso com o povo do Estado, que sofre com a tragédia. Eles querem atrapalhar a ação governamental
Em matéria veiculada, neste sábado (11), o portal UOL informa que ao menos 7 deputados federais bolsonaristas usaram os respectivos tempos de fala, no plenário da Câmara dos Deputados, para reproduzir desinformação e mentiras sobre as enchentes que atingem gravemente o Rio Grande do Sul. Isso ocorreu em sessão Casa na última quarta-feira (8).
O portal informa, ainda, que entrou em contato com os deputados citados na reportagem ou as respectivas assessorias de imprensa e não recebeu nenhuma resposta.
A reportagem informa também que não conseguiu contato com a equipe do deputado Gilvan da Federal (PL-ES), um dos mais ruidosos defensores do ex-presidente e useiro e vezeiro em propagar mentiras contra o governo.
As mentiras jogadas ao vento pelos deputados têm propósito. Além do oposicionismo cego e incondicional, têm o proposito de desorganizar o debate político e piorar o que já está ruim, a fim de culpar o governo e desacreditá-lo junto à população.
As mentiras vão dos “bloqueios” de caminhões com mantimentos para os desabrigados até “aplicação” de multas e “cobranças indevidas” de notas fiscais. O bolsonarismo, além de não ajudar, neste momento de grave crise humanitária, ainda, atrapalha.
MENTIRAS E DESMENTIDOS
O deputado Filipe Martins (PL-TO) afirmou que caminhões com donativos estavam sendo barrados a caminho do RS por exigência de notas fiscais, o que é falso.
Além disso, o deputado disse ainda que estava sendo exigida documentação de pilotos e embarcações de voluntários que atuam nos resgates a vítimas da enchente. A desinformação também foi reproduzida pelos deputados Coronel Assis (União-MT) e Gilvan da Federal (PL-ES). A alegação já foi exaustivamente desmentida pelo governo do RS.
A Brigada Militar do RS desmentiu a alegação sobre documentação de pilotos e barcos. Há registros de desmentidos do governo do RS nas redes sobre o assunto desde o dia 5 de maio.
No site oficial do governo do Estado, no Twitter da Brigada Militar e também no Instagram.
O coronel Douglas Soares, subcomandante geral da Brigada Militar, afirmou em vídeo no Instagram que a corporação não está verificando nenhum tipo de autorização para pilotar embarcação.
MULTAS E NOTAS FISCAIS
Não é verdade que autoridades barraram caminhões com donativos por exigência de nota fiscal.
Houve, sim, registro de multa por excesso de peso no posto de fiscalização de Araranguá (SC), o que foi mostrado em reportagem do SBT. No entanto, a ANTT disse que as autuações — que foram 6 no total — serão anuladas.
CLÍNICA FECHADA
A Vigilância Sanitária do RS não fechou a clínica. O deputado Paulo Bilynksyj (PL-SP) afirmou que a clínica médica que atendia as pessoas gratuitamente tinha sido fechada pela Vigilância Sanitária. O deputado não disse, no entanto, em qual cidade exatamente o fato teria acontecido.
Ao UOL Confere, o governo do RS disse que a Secretaria Estadual de Saúde recebeu denúncias e a Vigilância Sanitária da cidade de Alvorada (RS) fez fiscalização em estabelecimento, mas esse não foi fechado.
“A Vigilância Sanitária informa que nenhuma clínica foi fechada por essa razão no Rio Grande do Sul”, diz o governo do RS.
DECLARAÇÃO DE TEBET
Deputados do PL bolsonarista descontextualizam fala da ministra do Planejamento Simone Tebet. Paulo Bilynksyj (SP), Caroline de Toni (SC), Coronel Ulysses (AC) e General Girão (RN) também citaram fala da ministra fora de contexto.
Vídeo que recorta apenas o trecho da referida fala da ministra tem sido usado em publicações desinformativas nas redes, sendo desmentido pelo Estadão Verifica que classificou o conteúdo como enganoso.
“Quem tem que ser presa é a ministra Simone Tebet, que falou que o dinheiro para o socorro do Rio Grande do Sul será mandado oportunamente, no futuro, porque os prefeitos agora não estão pedindo. Está aqui o prefeito de Feliz, no Rio Grande do Sul, dizendo que já preencheu todos os documentos necessários e, mesmo assim, não recebeu a verba”, disse Bilynksyj.
O QUE DISSE A MINISTRA
Os parlamentares afirmam que a ministra disse que “não é o momento” para enviar recursos para o RS. Para isso, usam o recorte de declaração em que a ministra diz: “não vai faltar dinheiro pro RS, o dinheiro vai chegar no tempo certo, que não é agora, porque não tem nem o quê liberar porque nós não recebemos as demandas dos prefeitos. Eles não sabem o que pedir porque a água não baixou”.
Nesse comentário, Tebet falava sobre a proposta do governo de decreto legislativo para decretação de calamidade pública no RS.
“Se for a vontade do Congresso Nacional, que nós possamos, a partir daí, ter excepcionalidade na Lei de Responsabilidade Fiscal para socorrer no aspecto orçamentário, financeiro e com incentivos e benefícios o estado do RS”, disse a ministra no dia 6 de maio.
A íntegra da declaração está disponível no canal dela no YouTube: