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O Tribunal Federal Regional da 1ª Região (TRF-1), com sede em Brasília, liberou a restituição de madeira apreendida pela Operação Handroanthus GLO, realizada pela Polícia Federal em dezembro de 2020.
A liberação da madeira foi autorizada pelo desembargador Ney Bello, a pedido do advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, que ficou conhecido nacionalmente por esconder Fabrício Queiroz em um imóvel onde funcionava seu escritório na cidade de Atibaia (SP).
A Operação Handroanthus GLO, desencadeada na divisa entre o Pará e o Amazonas, resultou na maior apreensão de madeira nativa ilegal da história do país: foram 131,1 mil metros cúbicos.
A PF localizou 43,7 mil toras em vários pátios de estocagem abertos no meio da mata. A ação confiscou madeira suficiente para a construção de 2.620 casas populares.
O material foi confiscado na gestão do ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que entrou no caso sob o pretexto de mediar o conflito na região, mas acabou virando alvo de notícia-crime da Polícia Federal por tentativa de atrapalhar as apurações em andamento.
Com sua intromissão nas ações policiais, Salles se desgastou, perdeu o cargo e ganhou uma acusação pelo crime de facilitação de contrabando.
Frederick Wassef impetrou o pedido de liminar para restituição do material recolhido defendendo uma das empresas investigadas, a MDP Transportes.
Já o desembargador Ney Bello é um dos principais nomes cotados para ser indicado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) pelo presidente Jair Bolsonaro.