Um estudo realizado pelo Observatório Covid-BR mostrou que o isolamento social, mesmo abaixo do ideal, ajudou a diminuir a taxa de contágio da doença no estado
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou na tarde desta segunda-feira (25), em entrevista à GloboNews, que a partir do dia 1º de junho deverá adotar a “quarentena inteligente”, na qual as medidas de isolamento social irão variar a depender dos aspectos particulares de cada região do estado. Esta medida só foi possível graças à ampliação da testagem diagnóstica em todo o estado.
Um estudo realizado pelo Observatório Covid-BR mostrou que o isolamento social, mesmo abaixo do ideal, ajudou a diminuir a taxa de contágio da doença no estado. Em São Paulo, 3% da população foi infectada, segundo estudo nacional, coordenado pela Universidade Federal de Pelotas.
“Até agora”, disse Doria, “ela [a quarentena] foi homogênea em todo o estado porque ela precisava ser. Agora, nós temos a condição de fazê-la heterogênea, seguindo as orientações do comitê de saúde. Áreas e regiões em que possamos nessa quarentena inteligente ter um olhar diferente, nós vamos fazer. Aonde não for possível porque os riscos e índices indicam que não devem, não haverá”.
Sobre a quarentena inteligente, o governador disse que a decisão não será homogênea e levará em conta a situação de cada região do estado. “Para ser muito preciso, nós teremos uma nova quarentena. Mas será uma quarentena inteligente, porque levará em consideração toda a regionalização de São Paulo, do interior, da capital e da região metropolitana, do litoral. A decisão não será homogênea”, explicou.
Pesquisadores que acompanham a evolução do novo coronavírus alertam para a necessidade da manutenção das medidas de proteção. Eles admitem a possibilidade de que o vírus não cause um pico de contaminação, mas sim um platô, como os especialistas classificam, uma situação de pico contínuo, que demora a cair.