O governador de São Paulo, João Doria, obteve 53,99% dos votos nas prévias do PSDB, e será o candidato do partido à Presidência em 2022.
Eduardo Leite obteve 44,66% dos votos e Arthur Virgílio, que concorreu, segundo ele próprio afirmou, para marcar uma posição “dentro do próprio partido, em defesa da democracia”, obteve 1,35% dos votos.
A votação, que começou no domingo passado (12), foi marcada, tanto no domingo, como neste sábado (27), por problemas no aplicativo de votação, que geraram suspeitas no partido de ataques hacker ao sistema de votação.
A votação eletrônica foi concluída às 17 horas, com votos de cerca de 30 mil filiados. Ao final da votação, os três postulantes, João Doria, Eduardo leite e Arthur Virgílio, se cumprimentaram e se deram às mãos e, ao lado do presidente da legenda, Bruno Araújo, pregaram a união do partido após o processo das prévias.
“Seguimos juntos e firmes na defesa da democracia, da igualdade de direitos e do pleno desenvolvimento para o país!”, escreveu João Doria em suas redes sociais logo após a divulgação do resultado.
Os três concorrentes afirmaram que, agora, com o resultado, estarão juntos. “Saberemos os caminhos para o PSDB vencer as eleições [de 2022]”, afirmou Eduardo Leite.
“Passado esse processo das prévias do PSDB tenho absoluta tranquilidade de que saberemos estar juntos para fazer o enfrentamento dos reais adversários do Brasil”, destacou o governador gaúcho.
O presidente do partido, Bruno Araújo, destacou que o PSDB teve postura inovadora ao desencadear o processo interno de escolha do seu candidato através de prévias. “Dois governadores e um ex-senador da República que andaram em todo país discutindo as peculiaridades de cada região se preparando para um debate interno”, ressaltou.
Em entrevista à CNN, Bruno Araújo disse que o candidato escolhido pelo partido terá que cuidar das alianças para unificar as candidaturas de centro. “O candidato vai começar a aparar as arestas, pois qualquer disputa deixa feridas abertas. Em paralelo, temos de cuidar das alianças que possam permitir a aglutinação das forças de centro para fugir da polarização que hoje toma conta de forma irracional do debate”, declarou.
Sobre as críticas que o partido sofreu com os problemas registrados na votação das prévias, o governador de São Paulo disse que o PSDB é um partido sem dono e que “não é fácil” fazer democracia.
“Fácil é um partido ter dono, em que se sentam três ou quatro pessoas a uma mesa, e definem um candidato. O PSDB está [com as prévias] dando um exemplo ao Brasil”, afirmou.