‘É um fato grave e precisa ser investigado’, diz Pacheco sobre a corrupção no MEC

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Foto: Jefferson Rudy - Agência Senado
Presidente do Senado destaca gravidade das denúncias contra o ex-ministro Milton Ribeiro. Parlamentar afirma que polarização política desvirtuou o Brasil

Assim que for comunicado oficialmente sobre o pedido de instalação de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar irregularidades no MEC (Ministério da Educação), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deve seguir todos os trâmites previstos em lei.

Pacheco disse que, para ele, os fatos revelados até agora — que resultaram na prisão do ex-ministro Milton Ribeiro e de dois pastores ligados a Bolsonaro (PL) —, são gravíssimos.

“Mas é um fato grave, que precisa ser investigado pelas autoridades competentes”, frisou.

“O líder da oposição, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), me telefonou ontem [quinta-feira (25)] e disse que estava coletando assinaturas e já teria o número suficiente [para a instalação da CPI do MEC], mas que não teria apresentado ainda o requerimento, o que fará na próxima semana”, disse.

‘HAVERÁ DECISÃO’

“Assim que todo o processo for concluído”, acrescentou Pacheco, “tudo será examinado pela Secretaria-Geral da Mesa do Senado, como recomenda o requerimento”. “Então, haverá uma decisão”, afirmou Pacheco, que está em Lisboa, onde participa de uma série de seminários.

O Palácio do Planalto aproveita essa ausência do presidente do Senado do país para tentar esvaziar o movimento a favor da CPI.

Pacheco reconheceu que a situação é grave. “Precisa ser investigada, e os culpados devem ser responsabilizados na forma da lei”, enfatizou.

ENTENDA O CASO

Na última quarta-feira (22), Milton Ribeiro foi preso pela Polícia Federal, em Santos (SP), acusado de crime de corrupção passiva, prevaricação e advocacia administrativa.

Ele comandaria um esquema de distribuição de verbas do ministério em parceria com os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, também presos. Os três foram liberados, na última quinta-feira (23), por decisão judicial.

Para o presidente do Senado, todos os acusados de corrupção no MEC — propinas que teriam sido pagas em dinheiro vivo, barras de ouro e compra de Bíblias — têm o direito de se defenderem, sem prejulgamento, garantindo o devido processo legal, do contraditório, segundo os princípios constitucionais.

M. V.

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Uma resposta

  1. Promover a investigação dos malfeitos fascistas e a melhor forma de defender a Democracia. E preciso denunciar e investigar a quadrilha que tomou de assalto o Palácio do Planalto em 2018, por força de uma conspiração que envolveu a malfadada Operação Lavajato e o uso das milícias digitais desde 2012. Pacheco, como Presidente do Senado, não pode e com certeza não ficará alheio a essa situação.

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