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Governadora eleita de Pernambuco afirma que a “relação institucional [entre o governo do Estado e o federal] está garantida”. “Vou a Brasília passar o chapéu e pedir recursos, sim”, disse
Adversária do PT nas eleições, a governadora eleita de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), afirmou que espera ter bom diálogo com o futuro governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que irá a Brasília pedir recursos para o Estado.
Ela cita a boa relação que mantém com o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), antigo colega de partido da governadora eleita.
A governadora eleita entende que o governo [federal] é do Brasil “e eu governarei Pernambuco”. “Atuarei para petistas e para os não petistas. Ela disse ainda, que “passamos quatro anos sem relações com o governo federal e foi péssimo para o Estado.”
“A relação institucional [entre o governo do Estado e o federal] está garantida. Vou a Brasília passar o chapéu e pedir recursos, sim”, disse Raquel Lyra em entrevista ao jornal O Globo.
“Em alguns momentos, o PSDB vai votar junto com o governo [Lula] e seus partidos aliados, sim”. “Se precisarmos ser críticos [ao governo federal], seremos. Se for em favor do Brasil, seremos também”, advertiu.
RECONSTRUIR O PSDB
Sobre o PSDB, Lyra avalia que o momento do partido é de “reconstrução”, após a legenda ter encolhido e não ter protagonizado eleição presidencial pela primeira vez desde a redemocratização (1985).
Segundo ela, a gestão dela em Pernambuco vai representar oportunidade de entregar políticas públicas eficientes, que ajudem a reerguer a sigla historicamente marcada como oposição ao PT.
A eleição da tucana marca a quebra de 16 anos do PSB à frente do Estado e faz com que Pernambuco tenha a primeira mulher governadora.
Segundo Lyra, “existe uma expectativa enorme. As pessoas querem que o governo chegue à vida delas, querem ver o racionamento de água resolvido. Pernambuco sempre teve referências masculinas.”
“É ótimo ver crianças e mulheres tendo esse referencial novo. É uma honra e uma grande responsabilidade”, acrescentou.
PSDB NO CONGRESSO
A nova legislatura do Congresso está prevista para iniciar em fevereiro. A base original de Lula, isto é, os partidos que o apoiaram, deverá contar com PT, PCdoB, PV, Solidariedade, PSol, Rede, PSB, Agir, Avante e Pros. Juntas, estas 10 legendas somam 139 parlamentares.
O Republicanos, que é base do governo Bolsonaro, anunciou que vai atuar de forma independente durante o governo Lula. O presidente do PSDB, Bruno Araújo, indicou que o partido também deve ser independente. Portanto, poderá votar com o governo no Congresso, isto é, não vai fazer oposição ostensiva.
As outras três maiores legendas da Casa — União Brasil, MDB e PSD, que somam algo em torno de 190 deputados — irão também compor a base de apoio do governo Lula, inclusive com atuação na Esplanada.