Já o governo federal continua sabotando a viabilização das vacinas, sem “nenhum tipo de diálogo” com a embaixada chinesa
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reuniu-se com o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, para conversar sobre a importação dos insumos para a produção da CoronaVac e confirmou a inabilidade do governo Bolsonaro.
“Ele [embaixador chinês] abriu a conversa já relatando que, de forma nenhuma, haveria obstáculos políticos para a exportação dos insumos da China”, informou Rodrigo Maia.
O governo Bolsonaro, que atacou a China desde os seus primeiros dias, não está sendo capaz de conversar com o país para resolver as questões técnicas necessárias para importar os insumos para a produção da CoronaVac, no Instituto Butantan, e da Oxford/AstraZeneca, na Fiocruz.
Em sua reunião com o embaixador, Maia recebeu a informação que o atraso na importação decorre de questões técnicas e que o governo Bolsonaro não está conversando com a China para resolvê-las.
“As informações que tenho, de diálogo com a embaixada, é que, de fato, não houve nenhum tipo de diálogo entre o governo federal e a embaixada chinesa. A informação que eu tenho não foi na conversa com ele [embaixador da China], foi de membros da embaixada”, frisou o deputado.
“Essa é a informação que eu tenho e, infelizmente, faz sentido. Infelizmente, a questão ideológica tem prevalecido em relação à importância de salvar vidas no Brasil”, disse Maia.
“Eu não entrei em detalhes específicos das datas porque eu acho que não cabe nesse diálogo, mas a impressão que me dá é que o governo chinês sabe da importância dos insumos, não apenas para o Brasil, mas para todos aqueles que produzem [as vacinas], e vai acelerar o processo interno de tramitação para que possa caminhar logo a exportação dos insumos para a vacinação. Eu fiquei otimista”, continuou.
O embaixador Yang Wanming “disse que trabalha junto ao governo chinês para que a gente possa acelerar a exportação, no nosso caso, desses insumos para que possamos restabelecer logo a produção. Entendi a reunião como muito positiva”.