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O embaixador russo no Conselho de Segurança da ONU, Vassily Nebenzia, denunciou que os países ocidentais aparentemente “se esforçam para evitar a queda da última grande fortaleza terrorista na Síria”.
Ele comparou a campanha histérica que se desenrola em torno da próxima libertação de Idlib à avalanche de mentiras das autoridades ocidentais e da mídia quando as tropas sírias apoiadas pelas forças aéreas russas estavam libertando Alepo. “Essas previsões apocalípticas revelaram-se infundadas”, disse Nebenzia, referindo-se à encenação midiática contra a libertação de Alepo. “Enquanto isso, Raqqa foi arrasada até o chão pelos bombardeios da coalizão liderada pelos EUA”, lembrou.
Tais ações, apontou, só servem a interesses geopolíticos estreitos, em vez da necessidade declarada de proteger os civis. Ele acrescentou que os EUA e seus satélites praticamente nada fizeram para contribuir para o processo real de paz em Idlib e Washington particularmente não cumpriu sua promessa de separar os grupos de “oposição moderada” das organizações terroristas. “Em vez disso, elas estão planejando mais um plano agressivo, que inclui ataques de bandeira falsa envolvendo o uso de armas químicas”.
A imagem de Idlib apresentada pelo Ocidente de fato tem “pouco em comum com a realidade”, assinalou Nebenzia. “Aqueles que foram evacuados de outras regiões sírias para o Idlib não foram alguns civis pacíficos, mas notórios militantes, que se recusaram a depor as armas e voltar à vida normal”, apontou, dizendo que quem controla agora a província é a Al Qaeda.
“Os terroristas em Idlib mantêm milhões de pessoas reféns e atacam cidades e aldeias vizinhas”, disse o embaixador. Ele ressaltou que eles também perseguem qualquer voz dissidente dentro das fileiras dos comandantes de grupos armados locais, impedindo qualquer tentativa de reconciliação pacífica com o governo sírio, e matando os opositores.