

Dr. Sérgio Cruz, médico do HU
Centenas de estudantes de Medicina, Enfermagem e Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) realizaram na última terça-feira, 14 um ato no vão livre do MASP, na Av. Paulista, centro da capital, para reivindicar contratações urgentes para o Hospital Universitário. Os estudantes entraram em greve na segunda-feira contra o fechamento do Pronto-Socorro do HU e denunciaram que o hospital está entrando em colapso com os cortes que vêm ocorrendo nos últimos anos.
O HU passa pela maior crise da historia da Universidade, e teve o Pronto-Socorro da pediatria fechado devido à falta de profissionais para manter o funcionamento mínimo adequado. Em nota divulgada pelo Centro Acadêmico Oswaldo Cruz, que representa os estudantes do curso de Medicina, os estudantes denunciam que o Reitor, Marco Antonio Zago, “aprovou dois PIDVs (Plano de Incentivo à Demissão Voluntária) que fizeram com que o quadro de funcionários do HU caíssem pela metade, além de diminuir o repasse financeiro para o hospital. Por causa dessas medidas, hoje o HU não consegue fechar escalas de plantão, não tem materiais suficientes e 25% dos leitos do hospital já não são mais utilizados. E o principais prejudicados somos nós, população e estudantes, que ficamos sem atendimento de qualidade e sem um cenário de prática adequado para nossa formação”.
Além do ato, também houve panfletagem na cidade universitária e em frente ao HU. A diretoria da Faculdade de Medicina (FMUSP) aconselhou aos professores que dessem falta aos estudantes grevistas, mas o apoio dos docentes e médicos é grande.
Segundo o Médico do HU, Dr. Sergio Cruz, a grande maioria dos trabalhadores do HU, tanto os técnicos quanto os médicos, está apoiando a greve e é contrária ao desmonte imposto por Zago. “O que eles estão fazendo é destruir um hospital escola que é considerado um dos melhores hospitais universitários do país e é exemplo de eficiência no serviço público. O objetivo é privatizar o HU. Os estudantes estão em luta porque perceberam que serão os maiores prejudicados, junto com a população”, disse o Dr. Cruz.