Protesto na Avenida Paulista foi realizado no Dia do Estudante e lançou a campanha de alistamento eleitoral
Estudantes percorreram, neste 11 de agosto, Dia do Estudante, a Avenida Paulista, em São Paulo, bradando “Fora Bolsonaro!”, exigindo o fim da devastação do Brasil, imposta pelo assassino fascista que, no momento, ocupa o Planalto.
O Dia do Estudante foi marcado pelo lançamento, por parte da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES-SP), da campanha de alistamento eleitoral “Todo Estudante com o Título”, para ampliar o número de estudantes entre 16 e 18 anos, com título de eleitor – e, portanto, em condições de votar para tirar Bolsonaro do governo.
O protesto seguiu do MASP até o Largo São Francisco, sede da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Além da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES-SP), participaram a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e a União Nacional dos Estudantes (UNE).
Lucca Gidra, diretor da UMES-SP, destacou que os estudantes foram novamente às ruas contra tudo o que Bolsonaro representa. “Bolsonaro representa aquilo que há de pior no nosso país. É um ser incapaz de manter qualquer solidariedade com o nosso povo. Estamos enfrentando uma pandemia, que já causou mais de 560 mil mortes que poderiam ter sido evitadas e este governo preferiu a morte”, disse Lucca.
O líder estudantil destaca que a situação do país só se agrava enquanto Bolsonaro fica passeando de moto e espalhando o vírus da Covid pelo país. “Temos um Brasil em que a fome e a miséria estão batendo na porta de cada vez mais pessoas. Milhões de pessoas estão desempregadas e sem perspectiva de mudança. Bolsonaro representa a truculência, a antidemocracia, a mentira, a fome, a morte e a injustiça”.
“Nós, jovens defendemos exatamente o contrário. Nós representamos a justiça, a solidariedade, o companheirismo. Nós defendemos a vida! É por isso que somos contra Bolsonaro”.
Maior nível de rejeição contra Bolsonaro está entre os jovens
O estudante destaca ainda que é na juventude que Bolsonaro encontra seus maiores índices de reprovação e rejeição. “As últimas pesquisas comprovam que entre os jovens, mais de 70% são contra Bolsonaro, somos contrários a todos os aspectos que ele representa e somos nós que vamos derrotá-lo”.
Lucca destaca que é preciso ampliar a participação dos jovens nas eleições para fazer com que esta indignação seja condensada no voto.
“É por meio do voto que os jovens podem expressar essa indignação contra as injustiças. Por isso lançamos esta campanha de alistamento eleitoral: ‘Todo estudante com título na mão’. Vamos ampliar a participação dos jovens no debate e nas eleições”
A UMES explica que o número de eleitores de 16 e 17 anos está muito abaixo das outras faixas etárias. “No Brasil, há seis milhões de jovens com 16 e 17 anos. Porém, apenas um milhão possuem o título de eleitor. Na cidade de São Paulo, o número de jovens com 16 e 17 anos ultrapassa os 300 mil. Mas só 17,5 mil têm título de eleitor”, destaca a entidade.
“O voto nesta idade ainda não é obrigatório, mas é fundamental ampliarmos a participação dos jovens nas eleições para derrotarmos Bolsonaro”, disse Lucca.
“Não podemos perder nenhum voto da juventude, devemos reforçar ainda mais a nossa democracia e é por meio do voto que faremos isso”, ressaltou o estudante.
Ana Carolina, diretora de Igualdade Racial da Umes, destaca que a juventude “sempre esteve muito atuante em todas as lutas do nosso país, buscando melhorar a nossa Educação e defender nossos direitos”. “O voto é a principal forma dos jovens exercerem a democracia. É através do voto que nós fazemos valer nossa voz. A UMES entendeu a necessidade de incentivar os secundas a fazerem isso, a ocuparem as urnas”, destacou Ana.
Jeferson Santos, diretor da Zona Leste da UMES, considera que Bolsonaro “representa o retrocesso para o nosso país no desenvolvimento, na educação, na ciência e é justamente por isso precisamos lutar para barrar este governo. Ele representa a morte, o fascismo e que é contra a democracia do país”.
“Nós estudantes somos a vanguarda na defesa dos direitos e da democracia. E é por isso que vamos ampliar a participação dos jovens na eleição e garantir com que Bolsonaro saia de vez da presidência”, destacou Jeferson.
Abaixo, o panfleto da UMES-SP:
Campanha de alistamento eleitoral dos alunos do ensino médio
Todo estudante com o título na mão
#FORABOLSONARO
No último período vimos grandes manifestações contra Bolsonaro em todo o país – manifestações com enorme participação da juventude. O grande número de estudantes contra seu governo confirma o que as pesquisas têm registrado. A parcela da população que mais rejeita Bolsonaro está entre 16 e 24 anos de idade: 73% de desaprovação.
Essa rejeição é fruto do que ele tem mostrado desde que assumiu a presidência. Pessoa ruim, mentirosa, grosseira, ignorante, egoísta, truculenta, corrupta, incapaz de qualquer sentimento bom pelo próximo. Não é à toa que esse sujeito desumano tem conduzido nosso país para uma crise sem precedentes, com centenas de milhares de mortos, milhões de desempregados, sem saúde e sem escola.
Como se isso não bastasse, Bolsonaro ataca de modo cada vez mais violento o processo eleitoral brasileiro. No lugar da urna eletrônica quer impor o voto impresso em papel, um retrocesso que corresponderia a trocar o telefone celular pelo velho orelhão de ficha. O objetivo da manobra é claro. Tumultuar o processo eleitoral para abrir caminho a um golpe de Estado que instaure no poder a ditadura da família Bolsonaro.
Para impedir que isso aconteça, precisamos usar todos os meios ao nosso alcance. As manifestações na rua e nas mídias sociais são uma arma importante, mas não são tudo. Temos que fazer valer também o nosso direito de voto. Os jovens têm direito a votar desde os 16 anos. É um direito garantido pela Constituição.
No Brasil, há seis milhões de jovens com 16 e 17 anos. Porém, apenas um milhão possuem o título de eleitor. Na cidade de São Paulo, o número de jovens com 16 e 17 anos ultrapassa os 300 mil. Mas só 17,5 mil têm título de eleitor.
Está na hora de mudarmos radicalmente essa situação.
Para que nosso repúdio a Bolsonaro se manifeste nas urnas é preciso que todos que têm direito tirem o título de eleitor. E votem.
A União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES-SP) está iniciando hoje, 11 de agosto, Dia do Estudante, a Campanha de Alistamento Eleitoral dos Alunos do Ensino Médio. Conclamamos todas as forças vivas da Nação a apoiarem essa campanha e a realizarem suas campanhas específicas para que nenhuma possibilidade de voto contra Bolsonaro – e tudo de ruim que ele representa – seja desperdiçada.
São Paulo, 11 de agosto de 2021
União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES-SP)
A pauta do movimento estudantil é o Fora Bolsonaro, diz UNE
Durante o ato, os estudantes entoaram palavras de ordem contra o governo Bolsonaro e denunciaram os crimes cometidos por ele à frente da presidência: “Fora Bolsonaro genocida” foi uma das palavras de ordem mais destacadas no ato.
A presidenta da União Nacional dos Estudantes, Bruna Brelaz, destacou que “os estudantes cumpriram um papel importante nas ruas para defender os nossos direitos, principalmente nesse momento tão difícil que a gente tem enfrentado, uma onda de retrocessos consideráveis no que tange o desemprego, na juventude, no que tange a insegurança alimentar que esses jovens têm sofrido durante a pandemia”.
Para Bruna, “a principal pauta do movimento estudantil hoje é o Fora Bolsonaro e para além do Fora Bolsonaro, a gente quer aprofundar o debate sobre a educação. A gente tem pauta para educação, a gente quer falar das nossas pautas e anseios pro movimento educacional e isso está atrelado a pauta do fora Bolsonaro, porque com Bolsonaro não é possível construir um projeto de educação que coloque as universidades, que coloque os estudantes mais pobres no centro”.
Rozana Barroso, presidenta da UBES, também considera o protesto dos estudantes “uma resposta para quem ontem ocupou as ruas com tanques de guerra para defender opiniões antidemocráticas”. “Quem defende, faz alusão à ditadura, não nos representa”, disse.
A líder estudantil criticou o ministro da Educação, Milton Ribeiro por dizer que “a universidade é pra poucos. “Então os atos de hoje do dia 11 de agosto, demonstra que nós não vamos abaixar a cabeça, e que nós entraremos no ensino superior de cabeça erguida como quem luta para garantir o acesso à universidade, eu por exemplo quero ser a primeira da minha família a entrar na universidade. Estamos nas ruas em defesa da educação para salvar o Brasil e defender a educação é o que a gente tem feito”, disse Rozana.
Marcos Kaue, da coordenação do Diretório Central dos Estudantes da USP destacou a importância do dia do estudante na luta contra Bolsonaro e afirmou que os ataques providos por Bolsonaro contra o povo, o tornaram o maior inimigo dos estudantes brasileiros. “O governo Bolsonaro, que ataca a democracia diariamente e que tenta voltar com o voto impresso, foi o mesmo que começou os seus ataques pela Educação e pela Ciência. Então, aqueles que lutam por uma educação melhor têm que brigar pelo Fora Bolsonaro, não tem como discutir a defesa da ciência, não tem como discutir investimento na universidade pública não tem como discutir proibir o fechamento das portas da UFRJ ou ter mais pesquisa dentro da USP sem derrotar o Bolsonaro”.
“Bolsonaro é claramente contra tudo isso e agora ele tem cada vez mais atentado contra a democracia, então poder vir pra rua e exercer o direito democrático de se manifestar e pedir o impeachment do Bolsonaro, pedir o impeachment do ex-presidente genocida é essencial”, ressaltou Kaue.
Keila Pereira, estudante da USP e secretária de Comunicação da Juventude Pátria Livre (JPL), coloca a defesa da democracia como pauta prioritária da juventude. “É essencial que os estudantes estejam na rua hoje tanto pra celebrar o Dia do Estudante, quanto para defender a democracia”.
“Devemos ir para as ruas colocar a nossa posição em relação a isso, da juventude, dos estudantes, a luta de vanguarda, é a luta que energiza todo o povo brasileiro para que a gente consiga alcançar um país justo, democrático, livre como a gente realmente deseja e com a educação pública gratuita e de qualidade para todos”, ressaltou Keila.
só quem ainda acredita na “urna eletronica auditável” e na instituição “FAMÍLIA”, não aquela do clã bolsonaro(genocida), é que pode através do voto responsável e consciente arrancar o Brasil do esgoto bolsonarista ,fétido, podre e miliciano.