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O ex-assessor do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, Airton Antonio Soligo, conhecido como Airton Cascavel, foi preso em Boa Vista, Roraima, na última terça-feira (8) pela Polícia Civil de Santa Catarina. Ele é acusado de estuprar uma jovem de 18 anos. O crime aconteceu em Joinville, no Norte catarinense, segundo a Polícia Civil.
Conforme as investigações da polícia, o abuso sexual foi praticado na casa da mãe do investigado, na cidade de Santa Catarina. A vítima é uma jovem que trabalhava cuidando da proprietária da residência. O inquérito policial ainda está em andamento.
Cascavel será encaminhado, com apoio da Polícia Civil de Roraima, para audiência de custódia na quarta-feira (9). O mandado de prisão foi expedido pela 1ª Vara Criminal de Justiça de Santa Catarina. A denúncia contra Cascavel foi feita a partir de uma ligação realizada pelo telefone 181. Após a investigação, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva do empresário. O disque denúncia 181 permite fazer denúncias anônimas.
REINCIDÊNCIA
Soligo já é réu em um processo por suspeita de estuprar uma criança da própria família. A denúncia foi aceita em setembro de 2021 pelo Ministério Público de Roraima (MPRR), com o juiz substituto Nildo Inácio, da Vara de Crimes Contra Vulneráveis, em Boa Vista, responsável pelo caso. Ao aceitar a denúncia do MP, o juiz imputou a Cascavel as acusações de estupro contra vulnerável, previsto no artigo 217-A do Código Penal, combinado com o artigo 226, que prevê aumento da pena em razão do acusado ser parente da vítima, e decretou segredo de Justiça na ação.
A mãe da criança registrou boletim de ocorrência no dia 14 de setembro de 2021, em uma delegacia da capital de Roraima.
Ela contou que, após uma visita de fim de semana, a criança voltou para casa “reclamando de dores nas partes íntimas”. A vítima foi levada ao hospital e recebeu ajuda médica e psicológica.
HOMEM DE PAZUELLO
O ex-assessor ganhou projeção nacional após ser ouvido pela CPI da Covid no Senado sobre sua atuação no Ministério da Saúde com o ex-ministro Eduardo Pazuello. Ele também foi apontado como “número 2 informal” na gestão. Após a sua passagem pelo ministério, ele assumiu o cargo de secretário da Saúde de Roraima, mas ficou no posto por pouco mais de dois meses.
À CPI, o empresário negou ter participado da negociação de compra de vacinas e disse que fazia atendimento aos estados durante a crise sanitária da pandemia. Airton Cascavel contou que conheceu Pazuello durante a “Operação Acolhida” (2018), criada para receber os venezuelanos que entravam em território brasileiro por meio da fronteira com Roraima.