Dono da Precisa é dono de outra empresa, a Global, que deu um calote de R$ 20 milhões ao Ministério da Saúde
O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) facilitou um encontro do presidente do BNDES, Gustavo Montezano, com o dono da Precisa, Francisco Maximiano, no ano passado. O encontro consta na agenda de Montezano e ocorreu no dia 13 de outubro de 2020 no escritório do banco, em Brasília.
A empresa está envolvida no contrato irregular do Ministério da Saúde para a compra da vacina Covaxin. O servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, responsável pelas importações do Ministério da Saúde, denunciou que a empresa Precisa estava cobrando pagamento antecipado de vacinas quando o contrato rezava o contrário. O servidor denunciou que sofreu pressões para autorizar o pagamento de forma irregular.
Maximiano representava no encontro uma outra empresa da qual é dono, a Xis Internet Fibra. Segundo dados da Junta Comercial de São Paulo, ele é acionista desta companhia juntamente com João Vitor Maximiano. O dono da empresa Precisa é também sócio da Global Serviços de Saúde, empresa que é investigada por um contrato de compra de medicamentos pelo Ministério da Saúde, que não foram entregues, no valor de R$ 20 milhões. A informação foi publicada pela revista Veja e confirmada pela CNN.
A empresa confirmou a participação do encontro acertado por Flávio Bolsonaro com o presidente do BNDES. Segundo a defesa do empresário, ele e o senador não têm relação de proximidade e os contatos que tiveram até hoje foram estritamente “institucionais”. Ainda de acordo com os advogados de Maximiano, a Xis Internet Fibra não chegou a pegar empréstimos do BNDES.