O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), afirmou que “a coação e a mentira são métodos de governo” para Jair Bolsonaro.
Dino ressaltou a importância da resposta do presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, às acusações caluniosas de Bolsonaro de que a agência tem interesses escusos para autorizar a vacinação de crianças.
“Esse documento integra a história do Brasil por dois motivos: trata-se de um oficial-general reagindo às múltiplas agressões daquele que deveria honrar as Forças Armadas, e não o faz. E é o registro de um tempo em que a coação e a mentira são métodos de governo”, publicou Dino em suas redes sociais. Ele reproduziu a carta de Barra Torres na sua postagem.
O Almirante desafiou Bolsonaro a apresentar provas de corrupção por parte da Anvisa.
“Se o senhor dispõe de informações que levantem o menor indício de corrupção sobre este brasileiro, não perca tempo e nem prevarique, Senhor Presidente. Determine imediata investigação policial sobre a minha pessoa, aliás, sobre qualquer um que trabalhe hoje na Anvisa, que com orgulho tenho o privilégio de integrar”.
Bolsonaro silenciou e não comentou o caso depois da resposta de Barra Torres.
O governador Flávio Dino, ainda nas redes sociais, chamou de “absurdo jurídico” um grupo de defensores públicos ter enviado para o Ministério da Saúde um documento que tenta desincentivar a vacinação de crianças entre 5 e 11 anos, chamando a vacina da Pfizer de “experimental”.
Dino também criticou a fala do presidente da Petrobrás, Joaquim Silva e Luna, dizendo que a estatal “não pode fazer política pública”. O indicado de Bolsonaro tentava justificar a alta nos preços dos combustíveis, causada pela política que optou por praticar dentro da estatal.
O governador do Maranhão, que discorda de Joaquim Silva e Luna, questionou: “então qual a razão da sua existência como entidade integrante da Administração Federal?”.