O movimento Fora Bolsonaro, que reúne partidos políticos de esquerda, centro e direita e representantes de movimentos sociais, reuniram-se hoje (15), na sede nacional do PDT, em Brasília, quando decidiram apoiar todas as manifestações que serão realizadas no próximo dia 2 de outubro em favor do impeachment de Bolsonaro e promover um grande ato unitário em 15 de novembro, data em que se celebra a proclamação da República.
Os presentes foram unânimes em torno de duas questões fundamentais: ampliar o movimento com a incorporação de outros partidos que defendem a democracia e rejeitam as ações golpistas de Bolsonaro e outros segmentos da sociedade que também manifestaram sua inconformidade com o atual governo; e resgatar as cores verde e amarelo nas manifestações como forma de demonstrar que os verdadeiros patriotas são os que estão indo às ruas para denunciar o caráter golpista de Bolsonaro e sua aversão ao Estado Democrático de Direito.
Participaram do encontro todos os presidentes nacionais dos seguintes partidos: PDT (Carlos Lupi), PT (Gleisi Hoffmann), PSB (Carlos Siqueira), Cidadania (Roberto Freire), PCdoB (Luciana Santos), PV (José Luiz Penna), Rede (Wesley Diógenes e Heloísa Helena), Solidariedade (Paulo Pereira da Silva) e PSOL (Juliano Medeiros), além de movimentos sociais e sindicais que vão participar da mobilização dos protestos contra o governo Bolsonaro e exigir a abertura de um processo de impedimento do atual presidente. Estavam presentes também, além dos presidentes dos presidentes dos partidos, diversos líderes no Congresso Nacional, principalmente da Câmara dos Deputados.
Os presentes reforçaram o argumento de que a CPI da Covid-19, que está concluindo seus trabalhos no Senado Federal, já reuniu material suficiente para apontar crimes de responsabilidade de Bolsonaro. Foram ressaltados também os elementos apresentados por um grupo de juristas à CPI que também caracterizam esses crimes de responsabilidade, além das investigações que estão sendo conduzidas a partir de inquéritos abertos no próprio Supremo Tribunal Federal.
O ato do dia 2 de outubro funcionará como um “esquenta” para o segundo, o grande ato nacional que acontecerá no dia 15 de novembro, feriado da República.
Além de partidos políticos e movimentos sociais, a ideia é reunir também personalidades do campo das artes e políticos com mandatos: governadores, prefeitos, artistas, personalidades diversas.
Este será o primeiro ato unificado que reunirá forças políticas que representam bandeiras divergentes desde a campanha das Diretas Já e que resolveram deixar o debate sobre as eleições de 2022 para um segundo plano e concentrar nas ações contra o governo Bolsonaro e pelo impeachment do presidente.