Integrantes da Frente Brasil Popular, composta por entidades do movimento social, estudantil, sindical, entre outras organizações, avaliaram como “positiva” a incorporação de partidos da direita democrática nas manifestações do próximo sábado, 24 de Julho, contra o governo Bolsonaro.
“A urgência é remover o atual presidente da República e estancar a destruição que seu governo promove no país”, defenderam as organizações.
Os protestos do dia 3 de julho já contaram com a participação de partidos para além da esquerda, que fazem oposição a Bolsonaro e defendem a democracia. Militantes do PSDB e do Cidadania se somaram aos atos. Além deles, o PDT, o PSB, o PV e a REDE participaram dos protestos.
“Avalio como positivo que setores da direita democrática se incorporem às manifestações. Seja motivados pelos crimes de responsabilidade e contra democracia, seja pela sabotagem do governo Bolsonaro ao combate à covid”, diz Raimundo Bonfim, coordenador nacional da Central de Movimentos Populares (CMP) e da Frente Brasil Popular em entrevista ao Jornal Brasil de Fato.
“Se a esquerda saiu na frente, cabe à direita também entrar. As ruas são democráticas”, acrescentou.
Na opinião do deputado federal Ivan Valente (Psol-SP), o mais importante na atual conjuntura é “fazer uma grande manifestação contra o bolsonarismo”. Segundo o parlamentar, “não tem sentido querer fazer um ato só do campo de esquerdas. E quem não quer o impeachment de Bolsonaro não vai estar lá mesmo”.
“Quanto mais amplo, melhor”, considerou Valente.
Em nota intitulada “Em Defesa da Vida e da Democracia”, o chamado “Bloco Democrático”, que reúne inúmeros partidos e entidades, afirma que o ato de 24 de Julho é “dia de unir o país em defesa da democracia, da vida dos brasileiros e do Fora Bolsonaro”.
Segundo o Bloco Democrático, “é hora de unir os brasileiros, independente de colorações partidárias e ideológicas, na defesa intransigente da democracia. É preciso, ainda, apoiar as demandas sociais pelo auxílio emergencial de R$ 600, vacina para todos já, contra a carestia e política ativa de geração de empregos de qualidade”.