Em assembleia na quinta-feira (4), os funcionários da Fundação Casa decidiram manter a greve, iniciada na quarta-feira (3), por não aceitarem a oferta de reajuste salarial feita pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
A proposta de reajuste aos trabalhadores do sistema socioeducativo foi de 6%, abaixo do aumento médio, de 20%, dado a policiais civis e militares no dia anterior. Com a recusa à proposta do governo, a greve segue por tempo indeterminado.
Após decidirem pela manutenção da paralisação, os funcionários saíram da assembleia e se dirigiram para uma manifestação em frente à sede da Fundação Casa, exigindo “valorização, segurança e nenhum direito a menos”. “Esperamos que, com a questão da greve, os deputados nos ouçam, que o governo venha aqui”, afirmou a presidente do Sindicato da Socioeducação de São Paulo (Sitsesp), Cláudia Maria.
Além de reposição das perdas salariais dos últimos anos, uma das reivindicações que estão na pauta de negociação da categoria é a questão de maior segurança nos locais de trabalho. Para o presidente da Associação dos Servidores da Fundação Casa, Laércio José Narcisio, a reivindicação por segurança se deve às mortes e espancamentos de funcionários, ocorridos nos últimos dois anos nas unidades Vila Maria, Franco da Rocha, Ribeirão Preto e antiga Raposo Tavares.
Ainda nesta sexta-feira (5) acontece uma nova audiência de conciliação no TRT entre os representantes da categoria e do governo. Também está marcada para essa sexta nova assembleia dos funcionários para decidir sobre os rumos do movimento.