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Presidentes e dirigentes de fundações partidárias realizaram, nesta quarta-feira (3), o lançamento do manifesto “Vacinação Já! Em defesa da vida, da democracia e do emprego”.
O ato, mediado pela jornalista Renata Mielle, reuniu Cristovam Buarque (Fundação Astrojildo Pereira – Cidadania), Nilson Araújo (Fundação Cláudio Campos), Alexandre Navarro (Fundação João Mangabeira – PSB), Francisvaldo Mendes (Fundação Lauro Campos/Marielle Franco – PSoL), Renato Rabelo (Fundação Maurício Grabois – PCdoB), Aloizio Mercadante (Fundação Perseu Abramo – PT) e Manoel Dias (Fundação Leonel Brizola/Alberto Pasqualini – PDT).
Aloizio Mercadante, presidente da Fundação Perseu Abramo, defendeu o impeachment e lembrou que “as mortes no Brasil são quatro vezes superiores à média internacional”. Ele lembrou que há cinco anos o Bolsa Família não é reajustado e o auxílio emergencial agora deixou de ser pago. “As pessoas não têm como pagar aluguel, gás, e alimentação. Precisamos de uma política social, investimento público para gerar emprego, auxílio para proteger os mais frágeis, gerar demanda”, concluiu.
O presidente do conselho consultivo da Fundação Astrojildo Pereira, Cristovam Buarque, afirmou que a tragédia que pela qual o país passa poderia ter sido evitada. “Nada fazia crer que tivéssemos 230 mil mortos se tivéssemos feito o dever de casa. Não fosse o obscurantismo desse governo, que não acredita em vacina, mas em cloroquina, não fosse as incertezas que temos em relação às medidas emergenciais. O governo não fez nada”.
Para Renato Rabelo, da Fundação Maurício Grabois (PCdoB), “o Brasil teve o pior desempenho diante da pandemia entre 98 países, como mostra nosso manifesto”, para ele a resposta do presidente Bolsonaro, desde a chegada do vírus, tem sido o contrário da obrigação de um líder da República.
“Age negando a gravidade da pandemia, investindo e divulgando drogas sem nenhuma eficácia. Bolsonaro sabotou as medidas necessária para impedir a transmissão do vírus e agora faz campanha contra o uso da vacina”, enfatizou.
Para Nilson Araújo, diretor da Fundação Claudio Campos, “estamos sob o signo de duas tragédias: primeiro o colapso da saúde em Manaus, que expressa o que se espalha pelo Brasil inteiro, e de maneira bastante dramática. Pelos dados de hoje já foram ceifadas mais de 226 mil vidas e 9,3 milhões de pessoas já foram contaminadas”.
“Temos 2,7 % da população mundial, mas temos 10,6% dos óbitos. Isso significa que alguma coisa de errado ocorreu aqui para ter essa diferença. Essa é primeira tragédia: a sanitária, a da saúde. A segunda é a tragédia social”, destacou Nilson. “No momento em que se agrava a pandemia, no final do ano se suspende o auxílio emergencial para mais de 60 milhões de pessoas que recebiam o benefício. E no momento em que as pessoas mais necessitavam”.
“São 14 milhões de desempregados, mas segundo o IBGE são mais 15 milhões de desempregados que não procuraram emprego. Isso significa que o total de pessoas que não têm renda ou que têm uma renda mínima vai passar de 30 milhões. E essas duas tragédias têm responsável. Têm nome, sobrenome e endereço. É Jair Bolsonaro”, destacou Nilson.
Segundo Alexandre Navarro, vice-presidente da Fundação João Mangabeira, “os números da Covid no Brasil representam uma tragédia sem tamanho, e esses números são inferiores à realidade. Temos 14 milhões de desempregados, 15,3 milhões de desalentados, 32 milhões de pessoas que recebem menos que 246 reais por dia. A possibilidade dessas pessoas morrerem, adquirirem a doença, ou passar por situações de fome, de desalento, é imensa”, ressaltou Navarro.
Manoel Dias, presidente da Fundação Leonel Brizola/Alberto Pasqualini (PDT), deu ênfase aos retrocessos trabalhistas que ocorrem no governo atual “que acabou com o Ministério do Trabalho e com a legislação trabalhista”. E destacou que “nós não vamos voltar a crescer enquanto houver pandemia no Brasil”.
Francisvaldo Mendes (Fundação Lauro Campos/Marielle Franco – PSoL) falou sobre o descaso do governo com relação à vacina e apontou o desmonte da indústria farmacêutica no país. “Temos debatido bastante que era possível termos um complexo industrial e que não faltasse insumo para a produção de vacina. Poderíamos ter se tivéssemos um governo preocupado com o seu povo. Teria que ter investimento, e não a privatização e o mercado como solução”.
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Veja abaixo a íntegra do ato: