O jovem brasileiro Ali Kamal Abdallah (15 anos) e seu pai Kamal Hussein Abdallah (64 anos), libanês que tinha nacionalidade paraguaia, morreram vítimas de um foguete que atingiu a cidade de Kelya lançado pela ditadura israelense.
A morte foi confirmada pelo Itamaraty nesta quarta-feira (25).
O Ministério de Relações Exteriores (MRE) informou que a embaixada brasileira já está em contato e prestando apoio à família, que é de Foz do Iguaçu (PR). De acordo com a família, o bombardeio ocorreu na segunda-feira (23) vitimando o adolescente que tinha se mudado para o Líbano com o pai e dois irmãos Mohamed, de 16 anos, e Iara, de 21 anos.
Os irmãos que vivem no Líbano estão recebendo assistência da embaixada brasileira e devem voltar para o Brasil.
A irmã do adolescente, Hanan Abdallah, contou ao g1 que ele e o pai foram para o Líbano trabalhar em uma pequena fábrica familiar de produtos de limpeza.
“Foi um ataque. Eles morreram trabalhando na pequena fábrica da família”, afirmou Hanan
Hanan tem um bebê e está há mais de um ano sem ver a família. Ela voltou ao Brasil após se casar, há cerca de 2 anos. Conforme Hanan, o restante da família já tentava voltar ao Brasil. A esposa da vítima e mãe de Hanan, de 49 anos, chegou a Foz do Iguaçu cerca de uma semana.
A família contou que Mohamed também se feriu no bombardeio, mas sobreviveu e que ele e a irmã estão a caminho do Brasil com previsão de chegada na quinta-feira (26).
Hanan relatou que conversou com o pai na madrugada de segunda-feira, por volta das 5h no horário de Brasília. Segundo ela, o pai estava angustiado e estava tentando conseguir passagens para os filhos voltarem ao Brasil, porque estava com medo.
O fascista Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, continua sua agressão ao Líbano, após devastar a Faixa de Gaza e matar mais de 41 mil palestinos.
Os bombardeios israelenses no Líbano se intensificaram nos últimos dias. Na segunda-feira, 569 morreram e 1.835 feridas ficaram feridas nos ataques israelenses, no dia mais sangrento desde a guerra do Líbano, em 2006.
O pretexto de Netanyahu agora é perseguir o Hezbollah, assim como o pretexto para destruir Gaza foi o Hamas.
Segundo o chefe de gabinete da horda nazi-fascista de Israel, Herzi Halevi, o regime de Netanyahu está preparando terreno “para uma possível entrada” por terra no Líbano como fez em Gaza.
Os assassinatos da ditadura israelense começaram na semana passada com a explosão coordenada de pagers e walkie-talkies que mataram quase 40 pessoas e feriram mais de 3,5 mil.
O presidente Lula, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (25), reafirmou que Israel está cometendo genocídio no Oriente Médio.
Ele disse ter certeza de que a “maioria do povo não concorda com esse genocídio” em relação aos ataques ao Líbano.
