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O líder da bancada do PT, Ênio Verri, disse que ela e o deputado Paulo Guedes “estão sujeitos a sanções” por se lançarem candidatos avulsos aos cargos na Mesa da Câmara contra a orientação do partido
A deputada federal Marília Arraes (PT-PE) atropelou os acordos feitos dentro de seu partido e foi eleita 2ª secretária da Câmara dos Deputados no lugar de João Daniel (PT-SE), como tinha indicado a legenda.
A presidente nacional do PT, a deputada Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que “a atitude da deputada Marília rompe procedimento estatutário do PT e isso terá de ser analisado nas instâncias partidárias”.
O acordo no PT consistiu que o candidato do partido para ocupar a 2ª Secretaria para ser apresentado no acordo com as demais bancadas na Câmara seria o deputado João Daniel.
A corrente que Marília Arraes compõe, a CNB, aceitou a indicação desde que ficasse com a liderança do partido.
A deputada Marília Arraes, que foi a candidata do partido para a Prefeitura de Recife no ano passado, ignorou todos os acordos feitos e se lançou candidata a partir de uma decisão individual, incentivada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Por 192 votos contra 168, ela foi eleita 2ª secretária no lugar de João Daniel. O deputado Paulo Guedes (PT-MG) também disputou de maneira avulsa, mas ficou em terceiro lugar.
O líder da bancada do PT, Ênio Verri, disse que “essa é uma situação inédita para o PT, pois nunca teve candidatura avulsa depois de eleição interna, todo mundo sempre respeitou. Houve fechamento de questão e ela e o [deputado] Paulo Guedes agora estão sujeitos a sanções pela direção partidária”.
Dilson Peixoto, liderança do PT em Pernambuco, estado de Marília Arraes, perguntou “até quando a Direção Nacional do PT vai tolerar a postura desrespeitosa e de afronta às decisões coletivas que essa moça faz questão de tomar?”.