“São criminosos que atacam a democracia e ferem o Estado de Direito. A Justiça precisa punir esses criminosos”, defendeu o governador de São Paulo
O governador de São Paulo, João Dória (PSDB), protestou contra as agressões a jornalistas por parte de apoiadores de Jair Bolsonaro, durante a carreata contra a democracia realizada em Brasília neste domingo (03). “Milicianos ideológicos agridem covardemente profissionais de saúde num dia. Agridem profissionais de imprensa no outro. São criminosos que atacam a democracia e ferem o Estado de Direito. A Justiça precisa punir esses criminosos”, defendeu o governador.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), também repudiou as agressões a profissionais de imprensa e o presidente por participar de atos contra a democracia e ameaçar os demais poderes da República.
“As Forças Armadas devem obediência ao Supremo, e não o contrário. O poder militar é subordinado aos TRÊS Poderes. Aliás, qualquer deles pode determinar a garantia da lei e da ordem em face de ações desses grupelhos de agressores. Está no artigo 142 da Constituição Federal”, disse Flávio Dino, que também é advogado e juiz federal.
“Bolsonaro diz que quer um governo “sem interferências”, ou seja, uma ditadura. É da essência da tripartição funcional do Estado que os Poderes interfiram uns nos outros”, acrescentou Dino.
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), condenou a atitude do presidente da República em relação às agressões de jornalistas e Brasília neste domingo. “O presidente diz pregar a democracia e fica em silêncio diante das agressões sofridas por profissionais do jornal Estadão na manifestação da qual participou. Alimentar o caos é o único plano de governo do presidente”, disse Witzel.