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O governo deixou quase 923 mil beneficiários do Bolsa Família sem receber o auxílio emergencial, nem o Bolsa Família, no mês de agosto.
Essas pessoas – que, por serem beneficiários do Bolsa Família se enquadram entre os mais necessitados – tiveram o auxílio cancelado ou suspenso, após uma revisão de cadastros feito pelo governo, mas, de qualquer forma, deveriam ter recebido o Bolsa Família.
O pagamento do auxílio emergencial pode ser revisado pelo governo, mas o Bolsa Família não poderia ter deixado de ser pago, pois qualquer revisão desse benefício foi suspensa, por causa da pandemia, desde 20 de março. Portanto, mesmo que o pagamento do auxílio por algum motivo tivesse que ser cortado para essas pessoas, elas não poderiam ter deixado de receber o benefício do Bolsa Família, que é um programa permanente de distribuição de renda.
Segundo o Ministério da Cidadania, a revisão dos cadastros “é resultado de um trabalho sistemático realizado pelo governo federal” com o objetivo de “garantir a melhor aplicação dos recursos públicos e alcançar os cidadãos que se enquadram nos critérios de elegibilidade”.
Apesar da “falha”, o governo se comprometeu a pagar o benefício atrasado junto com o de setembro.
O ministério também explicou que o cancelamento de 613 mil auxílios emergenciais para pessoas inscritas no Bolsa Família, além da suspensão de 310 mil cadastros no mesmo grupo foram feitos por recomendação da Controladoria-Geral da União (CGU). Com a medida, o governo deixou de gastar R$ 550 milhões do Orçamento destinado ao auxílio.